Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Engelmann, Sandra Andrea
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Orientador(a): |
Floriani, Nicolas
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Banca de defesa: |
Rosas, Celbo Antonio Ramos da Fonseca
,
Pereira, Mônica Cox de Britto
,
Souza, Roberto Martins de
,
Haliski, Antônio Marcio |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Doutorado em Geografia
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Departamento: |
Departamento de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3346
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Resumo: |
A educação profissional técnica e tecnológica em agroecologia voltada para os sujeitos do campo no Brasil se iniciou nos anos 2000, este modelo apesar de recente se configura como uma alternativa aos processos de formação convencionais baseados no modelo da agricultura moderna. A proposta agroecológica é gerar transformações fundamentadas na realidade dos camponeses, estimulando a construção participativa por meio do saber complexo, dialógico e prático. Como o processo de formação em agroecologia está em construção, este tem encontrado desafios relacionados a fatores internos como as propostas político-pedagógicas; carência de estruturas institucionais; formação dos profissionais docentes; e inserção profissional no mundo do trabalho. Dentre os desafios externos se destaca modelo de desenvolvimento produtivo vigente do agronegócio. Relacionado a problemática apresentada, o objetivo deste trabalho foi compreender, a partir da criação do curso em 2010, como a educação profissional agroecológica vem se territorializando no IFPR. Para isso, utilizou-se no estudo a abordagem metodológica quali-quantitativa, fundamentada em dados empíricos. A coleta de dados primários ocorreu por meio de entrevista com 13 docentes e aplicação de questionário a 238 estudantes de agroecologia dos Campi: Campo Largo, Capanema, Irati e Ivaiporã. As informações secundárias, relacionados a quantidade de cursos de agroecologia no Brasil foi realizada on-line. Posteriormente, os dados foram analisados por meio da Análise de Conteúdo (AC). Por meio da espacialização por regiões, verificou-se crescimento de 68,4% dos cursos de agroecologia, entre 2013 e 2017, com destaque para as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil. Com oferta de 32,7% do total, os IFs promovem a capilaridade a interiorização dos cursos de agroecologia do país. No IFPR a agroecologia representa apenas 2,5% do total de cursos da instituição. Com base nos percursos históricos dos cursos entre 2010 e 2020, constatou-se processos de divergências, resistências e desistências relacionados a sua implantação e manutenção, evidenciando a complexidade para efetivação dessa proposta no âmbito institucional. Com base nas narrativas dos alunos constatou-se que mesmo o curso de agroecologia possua dificuldades de reconhecimento social e profissional, esses pretendem buscar espaços de trabalho relacionados à formação. Para os professores, a educação profissional agroecológica promovida pelo IFPR conseguiu avançar em vários aspectos nos últimos anos, como por exemplo, o engajamento com a comunidade local e regional. Entretanto, ainda esbarra em alguns aspectos limitantes, como: a falta de uma diretriz institucional sobre a agroecologia, a não compreensão das especificidades do curso, falta de recursos materiais e humanos, falta de capacitação, entre outros. Conclui-se que, apesar dos desafios enfrentados, os cursos de agroecologia do IFPR contribuem para o desenvolvimento local e regional com ações relacionadas a organização coletiva dos agricultores, organização de espaços de comercialização, certificação e capacitação. Outro fator positivo foi a criação dos Núcleos de Estudo em Agroecologia e Produção Orgânica (NEAs) e o desenvolvimento de parcerias. |