Desempenho produtivo, perfil de aminoácidos plasmáticos em tilápias do Nilo alimentadas com dietas com diferentes concentrações de aminoácidos cristalinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cruz, Thaís Pereira da lattes
Orientador(a): Furuya, Wilson Massamitu lattes
Banca de defesa: Salaro, Ana Lucia lattes, Paula, Tassiana Gutierrez de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Zootecnia
Departamento: Departamento de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3104
Resumo: O interesse na suplementação de dietas com aminoácidos cristalinos vem aumentando com a utilização de dietas com ingredientes proteicos de origem vegetal vegetais para tilápias, visando melhorar o valor nutritivo da dieta, otimizando a eficiência proteica, consequentemente melhorando o crescimento dos peixes. O presente estudo objetivou avaliar o desempenho produtivo e perfil de aminoácidos plasmáticos de juvenis de tilápia do Nilo alimentados com diferentes concentrações de aminoácidos cristalinos. Três dietas com 423 g kg-1 de proteína bruta e 3600 kcal kg-1 de energia digestível foram elaboradas para atender às exigências de juvenis de tilápia do Nilo, à base de proteína da farinha de peixe sem suplementação de aminoácidos cristalinos (ALP), 12% de proteína bruta (PB) de aminoácidos cristalinos (AC12) e 24% da PB de aminoácidos cristalinos (AC24). Foi adicionado bicarbonato de sódio nas dietas AC12 e AC24 para ajuste do pH a 7,0. Foram distribuídos 360 (peso inicial 4,3 ± 0,1g) juvenis de tilápia do Nilo, em sistema de recirculação, com 24 aquários de 70 L, com 15 peixes cada. Os peixes foram alimentados manualmente, seis vezes ao dia, por oito semanas. Em delineamento inteiramente casualizado, com três tratamentos e oito repetições. Para o perfil de aminoácidos plasmáticos, os dados foram analisados usando delineamento em esquema fatorial 3 x 6, com três dietas (ALP, AC12 e AC24) e seis tempos (0; 60; 120; 240; 480 e 960 min pós-alimentação) de coleta. Os peixes alimentados com a dieta ALP e AC12 apresentaram maior peso final, ganho de peso, taxa de crescimento, taxa de eficiência proteica e conversão alimentar, em relação aos peixes que consumiram a dieta AC24. Houve interação entre dieta e tempo para o nível plasmático de metionina e treonina. Peixes alimentados com dieta AC24 apresentaram pico plasmático de metionina com 240 min pós-alimentação, enquanto o pico de metionina em peixes alimentados com as dietas ALP e AC12 ocorreu posteriormente, com 480 min. Peixes que receberam a dieta AC24 apresentaram pico de treonina 120 min após alimentação, enquanto o pico de treonina no plasma ocorreu com 240 min em peixes alimentados com as dietas ALP e AC12. O nível de lisina foi maior nos peixes alimentados com a dieta AC24, em comparação com o nível plasmático nos peixes alimentados com as dietas ALP e AC12. Ao usar o tempo pós-alimentação como critério de resposta, a análise de regressão quadrática estimou os picos de arginina e lisina plasmática em 532 e 527,5 min, respectivamente. Concluiu-se que a suplementação de aminoácidos cristalinos em até 12% da PB se equivale em desempenho produtivo, e retenção de aminoácidos ao desempenho de juvenis de tilápia do Nilo alimentados com a dieta sem adição de aminoácidos cristalinos. A dieta com 24% de proteína derivada de aminoácidos cristalinos resulta em assincronia na utilização de aminoácidos, prejudicando a retenção de aminoácidos e, consequentemente, o desempenho produtivo dos peixes.