ATIVIDADE CAFEEIRA ENTRE PLANOS DE GOVERNO E INTEMPÉRIES CLIMÁTICAS: O caso da cafeicultura no Paraná (1960/1975)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Moreira, Juliane Roberta Santos lattes
Orientador(a): Carvalho, Alessandra Izabel de lattes
Banca de defesa: Pádua, José Augusto, Silva, Sandro Dutra e
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Departamento de História
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2716
Resumo: No Brasil, o ímpeto de ampliar e diversificar os segmentos do parque industrial suscitou a proteção e o estímulo ao seu principal produto de exportação durante o século XX. Assim, ao longo do tempo, se mostraram diferentes operações valorizadoras do preço do café no mercado internacional. Durante a década de 1960, o governo do Paraná, maior produtor nacional do grão, demonstrava a mesma preocupação: fortalecer a indústria para que através dela o estado obtivesse a diversificação das rendas obtidas principalmente do setor agrícola, em grande parte pelo café. Junto ao fomento industrial, se incentivava a diversificação da agricultura a fim de reduzir a dependência da cafeicultura. Esse movimento ganhou força em época de superprodução de café, no começo da década, com os programas de erradicação, que obtiveram sucesso diminuindo a oferta de café brasileiro ao equipará-lo à demanda interna e internacional, o que suscitou uma necessidade de incentivar novamente o plantio, só que dessa vez não pautado no expansionismo e sim em bases racionais, acompanhando a tendência da modernização agrícola. Em 1975, contudo, a geada ocorrida em 18 de julho configurou uma nova situação para a cafeicultura nacional. No Paraná, esse fenômeno congelou uma grande porcentagem do parque cafeeiro do estado, diminuindo drasticamente a safra seguinte. Após a ocorrência dessa geada, a cafeicultura paranaense não recuperou os altos índices de produção atingidos na década anterior e apresentou redução da ocupação do solo com cafeeiros. Nossa pesquisa busca demonstrar como se operou o processo de retração da cafeicultura do Paraná, considerando os fatores políticos, econômicos e ecológicos, bem como demonstrar que, apesar da relevância da geada de 18 de julho para o parque cafeeiro, que se tornou um marco na história do norte paranaense, esse acontecimento não atuou como causalidade única no processo em andamento.