Os laços e os nós na constituição do ser docente de química

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Flávia Roberta de lattes
Orientador(a): Freire, Leila Inês Follmann lattes
Banca de defesa: Nacarato, Adair Mendes, Silva, Josie Agatha Parrilha da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós - Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática
Departamento: Departamento de Matemática e Estatística
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3330
Resumo: O trabalho desenvolvido ancorou-se em uma perspetiva epistemológica de pesquisa autobiográfica do tipo qualitativa. A dissertação foi estruturada em narrativas na forma de cartas à luz da questão de pesquisa: Como o experienciar diferentes lugares constituíram o ser docente de Química? Desse modo, busquei como objetivo geral compreender como os diferentes laços existenciais contribuíram para a construção do ser docente de química que sou. Para esclarecer a questão de pesquisa também formulei dois objetivos específicos. O primeiro foi de estabelecer relações entre os diferentes lugares que contribuíram para a constituição do ser docente de Química. E o segundo, explicitar os laços criados e desatados na constituição do ser docente de química. Ao longo do trabalho primeiramente o Diário íntimo foi elaborado e a partir dele um segundo texto intitulado de corpo biográfico. Posteriormente ambos foram relidos e organizados em narrativas na forma de cartas levando em consideração as questões indutoras “Que experiências marcaram a minha vida intelectual e profissional?” “O que essas experiências fizeram comigo?” e “O que faço agora com o que isso me fez?” (PASSEGGI, 2011). A metáfora do nó de marinheiro de Josso (2006) utilizada como metodologia de autoanálise esclareceu que os laços e os nós de meu itinerário escolar foram laços transgeracionais, de parentesco, de aliança, geracionais, religiosos e profissionais atrelados a nós do tipo: górdio, espinha, esquerdo e de coullant. Para narrar estes laços e nós foi preciso assumir a oportunidade de cumprir a tarefa histórica de me transformar por meio da escrita. E dizer eis-me aqui corporizada na narrativa. Também oportunizou acolher que a escolha profissional no início da formação foi um ato de inconsciência que, no itinerário escolar tornou-se consciente. Além disso, as experiências que constituíram a minha identidade docente advêm da educação básica, dos projetos de ensino e grupos de estudos no ensino superior, lugares que me conduziram a uma identidade docente que pratica a pedagogia crítico-progressista de natureza emancipatória e libertadora. Lançar-me às águas para realizar essa pesquisa me exigiu a atitude de assumir paradigmas da autobiografia. Como não é possível narrar no ritmo da vida foi preciso de um pouco de ficção para contar episódios da realidade. O projeto futuro é de me comprometer com uma escuta e escrita sensível ao longo do meu caminhar, pois elas me inseriram neste trabalho e mais perto das coisas da vida e da profissão.