Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Kabbas Junior, Tufy
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Orientador(a): |
Granato, Daniel
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Banca de defesa: |
Villa, Erick Saldaña
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Tiburtius, Elaine Regina Lopes
,
Barros, Ana Isabel Novo de
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Salem, Renata Dinnies Santos
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa Associado de Pós-Graduação em Química - Doutorado
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Departamento: |
Departamento de Química
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4172
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Resumo: |
Este estudo teve por objetivos, estudar a composição química e propriedades funcionais de óleos de semente de uva bordô (Vitis labrusca Bordeaux) e amora-preta (Rubus fruticosus L.), bem como otimizar a extração de compostos bioativos hidrofílicos das sementes usando uma abordagem estatística. A tese foi delineada de forma que os objetivos, metodologia e resultados foram segmentados em dois capítulos: o Capítulo 1 apresenta o estudo da fração lipídica, em que se aborda o conteúdo fenólico total, a atividade antioxidante, a composição de ácidos graxos e fitoesteróis, a atividade antimicrobiana, bem como a atividade citotóxica do extrato apolar da semente de uva e de amora; o Capítulo 2 aborda a otimização da extração de compostos fenólicos com atividade antioxidante pelo uso de um delineamento composto rotacional, utilizando dois fatores (tempo e razão de mateial vegetal:solvente). Os resultados mostraram que os extratos apolares de sementes, obtidos pelo método Bligh-Dyer (BD), apresentaram os maiores níveis de compostos fenólicos totais e atividade antioxidante, tanto para amora quanto para uva, entretanto, apenas os extratos obtidos com extração por solvente a quente (Soxhlet) apresentaram efeito inibitório contra Escherichia coli (IAL 2064) e Staphylococcus aureus (ATCC 13565). Quanto à viabilidade celular, os extratos apolares não apresentaram citotoxicidade ou efeito antiproliferativo nas diferentes linhagens celulares nas concentrações de 0 a 1000 μg/mL, o que mostra relativa segurança toxicológica dos extratos lipofílicos. Em relação a extração de compostos fenólicos das sementes de uva e amora, os parâmetros otimizados para maior rendimento de fenólicos e atividade antioxidante foram: tempo (35,9 e 62,1 min, respectivamente), relação massa-solvente (1:61,28 e 1:64,1 g:mL, respectivamente) utilizando etanol a 60% como solvente. Os principais compostos fenólicos detectados nos extratos foram: semente de uva ((-)-epicatequina – 833,1 mg/100g; epigalocatequina-3-galato – 785 mg/100g; (+)-catequina – 573,8 mg/100g; quercetina – 231,7 mg/100g e quercetina-3-rutinosídeo - 72,6 mg/100g) e amora (catequina – 88,8 mg/100g; (-)-epicatequina – 81,5 mg/100g; quercetina-3-glicosídeo - 35,3 mg/100g; ácido 3,4-Dihidroxibenzoico – 34,5 mg/100g e ácido 2,5- Dihidroxibenzoico;). Os extratos de semente de uva e amora diminuiram a geração intracelular de espécies reativas de oxigénio (ERO’s) em células de adenocarcinoma humano (A549) e carcinoma de colón humano (HCT8) quando expostas a H2O2. De forma análoga, os extratos otimizados de semente de uva e amora mostraram efeito protetor sobre eritrócitos humanos, quando submetidos a condições hipotônicas, bem como isotônicas, além de não apresentarem comportamento hemolítico em relação à concentração testada. Assim, considerando os requisitos da Agenda 2030 e a necessidade de formas sustentáveis de produção de ingredientes alimentícios, concluímos que sementes de uva e amora podem ser utilizadas como fontes de antioxidantes lipídicos, a serem utilizados em diferentes aplicações tecnológicas. |