Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Berton, Juliana
 |
Orientador(a): |
Favero, Giovani Marino
 |
Banca de defesa: |
Justus, José Fabiano da Costa,
Olivato, Juliana Bonametti,
Lipinski, Leandro Cavalcante,
Fernandes, Carlos Alexandre Molena |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmaceuticas
|
Departamento: |
Departamento de Ciências Farmacêuticas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3227
|
Resumo: |
Através da via da tirosinase são originadas a melanina e as catecolaminas, ambas em desordem no melanoma. As catecolaminas, de ação no sistema nervoso simpático, funcionam naturalmente como neurotransmissores ou hormônios e vem sendo relacionadas à progressão do tumor e alterações psicológicas e comportamentais. Neste sentido, o propósito desse trabalho foi avaliar o uso do β-bloqueador propranolol na progressão do tumor e em alterações comportamentais como ansiedade e depressão em melanoma murino. O ensaio in vitro de viabilidade celular MTT (3-(4,5-dimetiltiazol-2-il) -2,5 difeniltetrazóliobrometo) foi realizado com propranolol nas concentrações 0,01; 0,1; 0,3; 1,0; 3,0; 10 mM e avaliados após 24, 48 e 72 horas utilizando-se células B16F10. Para o ensaio in vivo foram utilizados camundongos C57BL6/J, submetidos ao implante de células tumorais e posteriormente tratados e avaliados por 20 dias quanto ao crescimento tumoral com determinação do volume. A região da substância nigra foi avaliada através de cortes histológicos. Os grupos foram compostos por camundongos sadios controle e tratados com solução oral de propranolol nas doses de 10 e 40 mg/kg/dia e camundongos portadores de melanoma controle e tratados com solução oral de propranolol nas doses de 10 e 40 mg/kg/dia. Durante o tempo de tratamento foram realizados os testes comportamentais de campo aberto, nado forçado, labirinto em cruz elevado e teste de esconder esferas em tumor inicial e em tumor consolidado. Como resultados no teste de viabilidade MTT, o propranolol diminuiu a viabilidade celular nas concentrações de 0,3; 1,0; 3,0; 10 mM em 24, 48 e 72 horas. Na experimentação in vivo o tratamento com propranolol diminuiu o crescimento tumoral na dose de 40 mg/kg/dia em 15 dias de tratamento. O teste de campo aberto não apresentou diferença no tempo 1 e houve redução da locomoção no tempo 2 nos grupos propranolol tratados com 10 e 40 mg e no grupo portador de melanoma 40 mg, quando comparados ao controle sadio. Os testes labirinto em cruz elevado e teste de esconder esferas não apresentaram diferença estatística em nenhum dos tempos avaliados. O teste de nado forçado apresentou diferença estatística no tempo de natação dos grupos portador de melanoma 40 mg e grupos sadios tratados com propranolol 10 mg e 40 mg e no comportamento de imobilidade todos os grupos ficaram mais tempo imóveis que o controle sadio em tempo 1. Concluiu-se que o propranolol pode ter um papel importante na progressão tumoral devido a citotoxicidade in vitro e inibitório para o crescimento tumoral medido in vivo e nos testes comportamentais o propranolol proporcionou efeito depressivo no nado, não sendo eficaz como ansiolítico ou antidepressivo e alterou de forma discreta a motilidade em testes no tempo 2 dificultando a diferenciação de um efeito na locomoção. Não houve diferença entre os grupos na região da substância nigra. |