Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Paula, Thiago de
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Orientador(a): |
DeNipoti, Claudio Luiz
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Banca de defesa: |
Gruner, Clóvis
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Karvat, Erivan Cassiano
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Departamento de História
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4129
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Resumo: |
As primeiras décadas do século XX foram marcadas, em todo o Brasil, por um aumento expressivo nos setores editoriais, assim como no próprio interesse pela leitura. Em um contexto de formação da República e, em especial durante a era Vargas, de centralização política, a produção de narrativas históricas com apelo nacionalista e identitário encontrou aceitação entre os leitores. Escritores e historiadores passaram a desenvolver textos em cujas narrativas se remetia à consolidação das fronteiras, reforçando características regionais numa perspectiva de unidade nacional. Recorrer ao passado, seja por meio da história ou da literatura histórica, foi o meio encontrado pelos intelectuais das primeiras décadas do século XX para uma efetiva construção social das regiões do país. Por meio da escrita, esses intelectuais trabalharam no sentido de pensar os processos históricos que culminaram na formação da República, ligando-os à atuação de seus ancestrais, responsáveis pela conquista dos territórios e pela ocupação fundiária. A partir do processo de institucionalização e profissionalização da disciplina histórica nas universidades, que se deu entre as décadas de 1930 e 1970, historiadores e historiadoras do meio acadêmico passaram a criticar enfaticamente a história produzida fora da academia. Buscamos, na presente pesquisa, jogar luz às circunstâncias que levaram ao surgimento de um tensionamento metodológico da historiografia no Paraná deste recorte. Para isso, analisamos a atuação e a produção histórica do historiador, escritor e museólogo David Carneiro e seu relacionamento com outros intelectuais, com instituições e com veículos de comunicação, a partir de uma perspectiva historiográfica, evidenciando fatores que contribuíram para esse tensionamento geracional epistemológico, contrapondo a geração de intelectuais / historiadores da qual David Carneiro fazia parte com uma nova geração de historiadores e historiadoras, com formação específica na área e ligados à academia. Se em um determinado contexto - primeiras décadas do século XX - a autoridade do discurso do historiador muito se associava ao seu status social e sua atuação política, a partir da institucionalização do ofício a universidade passa a se estabelecer enquanto emanadora da legitimidade do discurso do historiador. |