Avaliação do efeito do tratamento com o extrato de Passiflora alata no modelo animal de doença de Parkinson induzido por 6-hidroxidopamina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Anderson Gustavo lattes
Orientador(a): Miyoshi, Edmar lattes
Banca de defesa: Ferro, Lea Rosa Chioca, Franco, Gilson Cesar Nobre
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas
Departamento: Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2610
Resumo: A doença de Parkinson (DP) é uma doença crônica e neurodegenerativa, de etiologia não totalmente elucidada. Estudos demonstram que processos oxidativos podem estar envolvidos nesta morte neuronal. Sabendo-se disso, pesquisas têm sido direcionadas na busca de plantas medicinais e substâncias que possam atuar inibindo tais processos oxidativos. A Passiflora alata é uma planta nativa do Brasil e que possui uma atividade antioxidante descrita na literatura. Além disto, há evidências de que espécies do gênero Passiflora podem atuar frente a doenças neurodegenerativas, como a DP. Através disto, este estudo teve como objetivo avaliar o efeito do tratamento com o extrato hidroalcoólico de P. alata (EHPA) em um modelo animal de DP, induzido pela neurotoxina 6-hidroxidopamina (6-OHDA). O extrato das folhas de P. alata foi preparado através da extração com solução hidroalcoólica a 95%, e posteriormente foi realizado a determinação do conteúdo de compostos fenólicos e flavonoides, além de ser determinada a sua atividade antioxidante frente aos ensaios DPPH• e ABTS•+. Para avaliar o efeito per se do EHPA, foi realizado uma avaliação do efeito comportamental, de diferentes doses do extrato, em animais não lesionados. Para a identificação do possível efeito neuroprotetor da planta, os animais foram separados em 5 grupos experimentais: SHAM (falso-operado), 6-OHDA controle, 6-OHDA + 100mg/Kg/dia de EHPA, 6-OHDA + 200mg/Kg/dia de EHPA e 6-OHDA + 300mg/Kg/dia de EHPA. Após a divisão dos grupos, os animais foram submetidos a cirurgia estereotáxica para a administração bilateral da neurotoxina 6-OHDA ou de solução salina (SHAM) no feixe prosencefálico medial. No dia seguinte, iniciou-se o tratamento com os extratos, por via oral, tendo uma duração de 14 dias. Após o término do tratamento, os animais foram submetidos aos seguintes testes comportamentais: Reconhecimento social, Campo aberto, Reconhecimento de objetos, Labirinto em cruz elevado e Natação forçada. Após o término dos testes, os animais foram sacrificados e foram coletados sangue e cérebro (estriado) para a determinação de GSH, catalase, parâmetros hematológicos e bioquímicos. Os resultados apresentados sugerem um efeito neuroprotetor resultante do tratamento com o EHPA, indicando uma reversão do déficit cognitivo e comportamentos do tipo depressivo e ansioso, resultantes da lesão com a 6-OHDA. No entanto, não foram observadas alterações comportamentais nos ratos não lesionados. Além disto, o extrato apresentou um bom desempenho frente ao modelo de captura de radicais livres ABTS•+, indicando a sua atividade antioxidante. Não foram observadas diferenças entre os grupos nas concentrações de GSH e na atividade da catalase, tanto no plasma como no estriado. No entanto, alterações hematológicas foram identificadas nos animais lesionados. Conclui-se, portanto, que o tratamento com o EHPA reverteu os prejuízos cognitivos, efeito tipo ansioso e tipo depressivo causados pela infusão intracerebral de 6-OHDA, um modelo animal de DP.