ANÁLISE ESPACIAL E QUANTIFICAÇÃO DE INÓCULO DE MOFO BRANCO (Sclerotinia sclerotiorum (Lib) de Bary) NA CULTURA DA SOJA (Glycine max (L) Merril)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Wutzki, Carlos Rafael lattes
Orientador(a): Jaccoud Filho, David de Souza lattes
Banca de defesa: Juliatti, Fernando Cezar, Grabicoski, Mauricia Gelinski, Dalla Pria, Maristella, Weirich Neto, Pedro Henrique
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Departamento de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2446
Resumo: O conhecimento da dinâmica espacial de doenças de plantas, aliado a quantificação de inóculo e monitoramento das condições meteorológicas é de grande importância para a adoção de estratégias de manejos adequados e com menor impacto ambiental. Sendo assim, os objetivos deste trabalho de pesquisa foram caracterizar a distribuição, variabilidade espacial e possíveis relações entre atributos referentes ao mofo branco e atributos de plantas de soja além de avaliar técnicas de identificação e quantificação de ascósporos de Sclerotinia sclerotiorum durante o florescimento da soja. Foram realizadas amostragens através de uma malha georreferenciada em uma área de 12 hectares (ha) no município de Mauá-da-Serra-PR nas safras 2013/14 e 2014/15 e uma área de quatro hectares no município de Ponta Grossa-PR na safra 2015/16. Foram utilizados quadrats com área útil de 7,2 m² para avaliação das seguintes variáveis: escleródios presentes no solo, estande da cultura, incidência, índice de doença, rendimento, escleródios produzidos na colheita, além da deposição do bioaerossol, partes de folha e flores da soja como uso de Meio Semi-seletivo a Sclerotinia sclerotiorum (MSS) e Reação em cadeia da polimerase quantitativa (qPCR), em 36 pontos de amostragem na área de Ponta Grossa-PR, em três datas durante o florescimento da soja. Os dados foram analisados com uso de estatística descritiva, ajuste de semivariogramas e matriz de correlação de Pearson. As condições meteorológicas observadas nos três experimentos foram adequadas para o desenvolvimento da cultura da soja e do mofo branco na soja. As variáveis referentes a cultura da soja apresentaram coeficientes de variação baixos ou moderados e as variáveis referentes ao mofo branco apresentaram coeficiente de variação muito elevados. Os ajustes dos semivariogramas apresentaram diferenças nos três experimentos, com efeito pepita puro, ajuste linear, esférico e exponencial. A variável escleródios do solo apresentou efeito pepita puro nos dois experimentos em Mauá-da-Serra. Foram encontradas correlações significativas positivas entre a incidência do mofo branco e a produção de escleródios na colheita, além de correlação negativa com o rendimento nos três experimentos. A identificação de inóculo de mofo branco com incubação em MSS mostrou-se a técnica com maior sensibilidade, mas demanda de até 15 dias para a confirmação de S. sclerotiorum, tanto para bioaerossol, como flores e partes de folhas de soja. Foi possível otimizar o protocolo de extração de DNA e ciclo de reação para qPCR, além de gerar uma curva padrão com DNA oriundo de ascósporos de S. sclerotiorum, com ajuste ao modelo linear (R²=0,99) e eficiência de 92,2%. O uso de qPCR mostrou-se promissor para partes de folhas, sendo possível resultados em um dia de trabalho.