Eficiência das estirpes Azospirillum brasilense Ab-V5 e HM053 no desenvolvimento e produção de morango (Fragaria x ananassa, Duch. cv. Florida Festival)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Althaus, Helyemari Valentim lattes
Orientador(a): Ayub, Ricardo Antonio lattes
Banca de defesa: Batista, Jesiane Stefania da Silva lattes, Gonçalves, Daniel Ruiz Potma lattes, Resende, Juliano Tadeu Vilela de lattes, Tótola, Marcos Rogério lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Departamento de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4181
Resumo: Rizobactérias promotoras do crescimento vegetal (RPCV) destacam-se devido à sua capacidade em estimular o crescimento das plantas através da fixação biológica de nitrogênio, produção de fitormônios, proteção contra patógenos, solubilização de minerais, entre outros. O morango é um pequeno fruto de elevado valor comercial, apreciado mundialmente pelas suas características organolépticas e nutracêuticas, no entanto, a sua produção é intensiva e requer elevados aportes de fertilizantes nitrogenados e pesticidas. O gênero Azospirillum é um dos mais promissores RPCV, mas sua utilização associada a diferentes doses de nitrogênio ainda é pouco explorada no cultivo do morango em condições de campo. Para compreender o efeito do Azospirillum como biofertilizante na cultura do morango, foram realizados dois experimentos utilizando as estirpes de Azospirillum brasilense Ab-V5 e HM053, associadas a diferentes doses de nitrogênio. O experimento I foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, enquanto o experimento II foi conduzido em blocos inteiramente casualizados, ambos em fatorial triplo (3x4x2), em casa de vegetação e em campo, respectivamente, onde as duas estirpes foram associadas as doses de 0, 25% (185 mg), 50% (370, mg) e 100% (740, mg) de nitrogênio e inoculadas por aspersão foliar ou no solo, próximo as raízes. Em ambos os experimentos foram avaliadas as características de crescimento dos morangueiros, a produção e qualidade dos frutos. No experimento em casa de vegetação, observou-se que os morangueiros apresentaram respostas favoráveis quando inoculados com A. brasilense HM053 ou Ab-V5. A associação de HM053 com 25% ou 50% de nitrogênio proporcionou os melhores parâmetros de crescimento. Com base nos resultados obtidos no Experimento II, observou-se que os morangueiros responderam positivamente à inoculação com A. brasilense Ab-V5 e HM053. Os melhores resultados foram encontrados para combinação de A. brasilense HM053 com a aplicação das menores doses de nitrogênio. A utilização de 25% da dose recomendada de nitrogênio associada a essa estirpe levou a um aumento de aproximadamente 9,5% na produtividade dos morangueiros em comparação com as plantas sem inoculação e dose completa de nitrogênio. Em ambos os experimentos as doses de 0 a 50% de nitrogênio, associadas, principalmente a estirpe HM053, mostraram resultados promissores, indicando uma redução de 50% a 75% no uso de adubos nitrogenados. Concluindo, a substituição de parte dos fertilizantes nitrogenados necessários ao cultivo do morango por bactérias do gênero Azospirillum poderia reduzir os custos de produção, aumentar a produtividade e promover uma agricultura mais sustentável.