Uso do protocolo SMAF no estudo da saúde do solo em sistemas de uso e manejo no estado do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Becker, Regiane Kazmierczak lattes
Orientador(a): Giarola, Neyde Fabíola Balarezo lattes
Banca de defesa: Galvão, Carolina Weigert lattes, Barbosa, Eduardo Augusto Agnellos lattes, Lima, Renato Paiva de lattes, Tormena, Cássio Antonio lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Departamento de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4000
Resumo: A manutenção do solo saudável é fundamental para aumentar a produção de alimentos de maneira sustentável. Avaliar se o solo é capaz de desempenhar suas funções tem sido foco de pesquisa na ciência do solo, integrando indicadores físicos, químicos e biológicos para gerar índices de saúde do solo. Uma ferramenta que vêm sendo utilizada para interpretar e possibilitar a integração de indicadores é a “Soil Management Assessment Framework” (SMAF). O objetivo desta tese foi verificar se a ferramenta SMAF é adequada para avaliar a saúde de Latossolos em diferentes usos e manejos no estado do Paraná. Os escores do SMAF foram obtidos utilizando nove indicadores de saúde do solo, sendo três indicadores físicos (densidade do solo, macroagregados e o espaço poroso ocupado pela água), três indicadores químicos (pH em água, fósforo e potássio) e três indicadores biológicos (carbono orgânico total, carbono da biomassa microbiana e a atividade da enzima beta-glucosidase). Estes indicadores foram avaliados em diferentes usos e manejos do solo em oito localidades no estado do Paraná. Cada local apresenta uma área sob plantio direto, uma área sob floresta secundária e um terceiro uso. Este terceiro uso foi diferente entre os locais (pastagem, preparo mínimo, preparo convencional, área com maior tráfego de máquinas no plantio direto e tempo de adoção do plantio direto). A avaliação ocorreu na camada superficial do solo (0-0,10 m). Foram observadas diferenças para a maioria dos indicadores de saúde do solo utilizados pela ferramenta SMAF, porém nem todos os escores obtidos mostraram diferenças, elucidando que devem ser realizadas melhorias para a interpretação dos indicadores macroagregados e carbono orgânico total. Apesar da floresta secundária ser considerada uma referência em saúde do solo, os índices de saúde do solo neste ambiente em alguns locais foram inferiores aos das áreas agrícolas. O solo sob plantio direto apresentou capacidade de desempenhar suas funções entre 80% a 93% na camada 0-0,10 m, e o solo sob floresta secundária apresentou capacidade de desempenhar suas funções entre 75% a 91%. A saúde do solo em plantio direto foi similar ao preparo mínimo e ao preparo convencional. Nas áreas de pastagem os índices de saúde do solo foram similares ou superiores ao plantio direto, sendo que a pastagem em sistema silvipastoril parece ser promissora para melhorar a saúde do solo. Em última análise, concluímos que a ferramenta SMAF pode ser útil nas avaliações de saúde do solo, mas que esforços devem ser realizados para melhorar a interpretação de alguns indicadores.