Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Bonfim, Yohana Gonçalves
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Orientador(a): |
Pavloski, Evanir
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Banca de defesa: |
Matias, Marcus Vinicius
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Soares, Marly Catarina
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
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Departamento: |
Departamento de Estudos da Linguagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4199
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Resumo: |
O conto da aia (1985) e Os testamentos (2019) figuram um regime totalitário conhecido como República de Gilead. Esse regime tem como objetivo cercear os direitos civis, políticos e sexuais das mulheres. Offred e Tia Lydia são algumas das heroínas distópicas desses romances. Hierarquicamente, elas estão em posições sociais distintas. Offred, como uma Aia, tem seu corpo objetificado e instrumentalizado para fins reprodutivos. Tia Lydia, por sua vez, é responsável pelo treinamento das Aias e das Postulantes. Apesar de possuírem atribuições distintas e um grau de importância e influência diferentes, tanto Offred quanto Tia Lydia são vítimas do regime. Elas são privadas de liberdade e têm seus corpos limitados a se vestir e a agir de acordo com o papel que devem desempenhar socialmente. No entanto, elas dispõem de suas memórias e seus relatos como formas de resistência e afirmação de sua individualidade. Raffaella Baccolini (2022) considera que uma das principais características da distopia crítica é a figuração de enclaves utópicos, como por exemplo, movimentos de resistência – individuais ou coletivos. Eles podem compor a contranarrativa de resistência dos/das heróis e heroínas distópicos contra a narrativa hegemônica, geralmente representada pelo Estado totalitário. A dissertação objetiva, portanto, analisar tanto os dispositivos de controle como os movimentos de resistência das heroínas distópicas Offred e Tia Lydia a fim de identificar as diferentes possibilidades de dominação e/ ou de afirmação da individualidade das personagens. Ao contrastar suas trajetórias objetivo também compreender melhor os papéis sociais que elas desempenham e o funcionamento da própria estrutura social distópica. A análise das distopias críticas feministas de Margaret Atwood, O conto da aia e Os testamentos, partiu do meu desejo de compreender melhor as dinâmicas de poder instauradas, principalmente em relação às desigualdades de gênero e ao silenciamento imposto às mulheres. A pesquisa está amparada em referencial teórico acerca das relações existentes entre Literatura e utopia/distopia, como também, das considerações de Mikhail Bakhtin (2002) acerca do conceito de dialogismo e das forças centrípetas e centrífugas que atuam no discurso; e de Michel Foucault (2011) sobre o conceito de dispositivo. |