Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Real, Luara Rodrigues
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Orientador(a): |
Ferreira, Aparecida de Jesus
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Banca de defesa: |
Couto, Ligia Paula
,
Santos, Kelly Barros |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
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Departamento: |
Departamento de Estudos da Linguagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3640
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Resumo: |
As pessoas negras no Brasil, em sua maioria, vestem com a sua pele a discriminação, o racismo e o afastamento dos lugares de sucesso e destaque. Quando mulheres, essa dinâmica se acentua, uma vez que o intercruzamento das opressões de raça, gênero e classe submete a mulher negra à asfixia social, como postulado por Sueli Carneiro (2011). Por essa razão, a imagem da mulher negra não é recorrentemente associada ao que se imagina como falante de língua inglesa e, ainda menos, de docente dessa língua de prestígio. Nessa direção, esta dissertação, situada na linguística aplicada, tem como metodologia a pesquisa narrativa, por meio de narrativas autobiográficas. Essas narrativas foram geradas por meio da entrevista semiestruturada e buscam responder como cinco professoras de língua inglesa de instituições públicas de ensino superior, de cinco regiões diferentes do país, entendem a relação entre suas identidades, atuações e a subversão que representam. O que motiva a perspectiva da pesquisa é a importância de que falemos sobre e com as pessoas negras, sem somente enfatizar o sofrimento vivido. Dessa forma, para além do cunho denunciativo, que versemos sobre o sucesso e a esperança de mais resultados da luta antirracista. As três perguntas que respondo nesta pesquisa são: “como as professoras negras, através de suas narrativas autobiográficas, relacionam seu sucesso profissional e a questão racial?”; “como o letramento racial crítico atravessa as vivências das professoras universitárias negras de língua inglesa participantes?” e “como as professoras participantes percebem que se deu/dá sua contribuição para uma sociedade mais equitativa em se tratando da intersecção de gênero e raça?”. O referencial teórico que permite a análise das narrativas autobiográfico ancora-se principalmente em perspectivas do feminismo negro balizadas em Carneiro (2011; 2018), Kilomba (2019), hooks (2013; 2015; 2019); já a interseccionalidade tem aporte em Akotirene (2019), Crenshaw (1998; 2002) e Collins (2021). Para o letramento racial crítico, trago Ferreira (2014, 2015; 2019) e a identidade docente de língua inglesa tem suporte de Kubota e Lin (2006). O resultado das análises indica que embora as professoras tenham enfrentado o racismo cotidianamente desde antes do ingresso e à docência no ensino superior, elas entendem que são profissionais bem-sucedidas e que inspiram outras mulheres negras, bem como representam a demarcação de uma corporeidade outra ao que é entendido como norma no ensino e aprendizagem de língua inglesa. |