Pós-tratamento de efluente de UASB em reator de leito empacotado com aeração intermitente em escala piloto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, João Guilherme Baggio de lattes
Orientador(a): Barana, Ana Claudia lattes
Banca de defesa: Foresti, Eugenio, Lopes, Deize Dias, Doll, Maria Magdalena Ribas, Ross, Bárbara Zanicotti Leite
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Departamento de Engenharia de Alimentos
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3361
Resumo: A maioria das Estações de Tratamento de Esgotos brasileiras não foram projetadas para remoção de nitrogênio. Os processos convencionais de remoção de nitrogênio utilizam duas etapas fisicamente separadas para a nitrificação e desnitrificação, o que aumenta custos com construção e operação do reator. Pesquisas têm mostrado que alguns modelos de reatores com suporte de espuma de poliuretano (PU) são eficientes para fazer o pós tratamento de efluentes, com remoção concomitante de Demanda Química de Oxigênio (DQO) e nitrogênio total (NT), em único compartimento. Porém, ainda não se têm dados experimentais de reatores em escala piloto tratando uma combinação de esgoto bruto com efluente de reator anaeróbio de fluxo ascendente e manta de lodo (UASB). Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do tempo de aeração para pós tratamento de esgoto sanitário em um reator com volume total de 5,65 m3, leito empacotado formado por Biobob®, aeração intermitente e recirculação. O reator foi operado durante 565 dias com Tempo de Detenção Hidráulica (TDH) de 10 horas e vazão de recirculação (Qr) igual a 2 vezes a vazão de entrada. A aeração foi feita em três condições diferentes, em ciclos de 180 minutos: aeração contínua, 120 minutos aerando seguidos de 60 sem aeração e 60 minutos aerando seguidos de 120 sem aeração. Os valores médios de DQO, NTK e NH4+ no afluente foram de 537 mg L-1, 53,4 mg L-1 e 48,8 mg L-1, respectivamente. Os resultados de DQO efluente variaram de 67 a 133 mg L-1. O efluente apresentou teores de Nitrogênio Total Kjeldahl (NTK) de 8,1 a 18,7 mg L-1 e N-NH4+ de 6,5 a 14,3 mg L-1. Os valores efluentes de N-NO3- e N-NO2- variaram de 0,7 a 1,5 mg L-1 e 0,6 a 1,0 mg L-1, respectivamente. Após 465 dias de operação com TDH de 10 h, o excesso de lodo foi retirado e caracterizado. Foram realizados ensaios hidrodinâmicos antes e após a remoção do lodo e verificou-se, após o descarte, redução do volume de zonas mortas de 974 para 719 L. Foi possível concluir que, nas condições estudadas, o reator de leito empacotado com Biobob®, aeração intermitente e recirculação é eficiente para o pós tratamento de esgoto sanitário, promovendo a remoção conjunta de DQO e NT em um único compartimento.