Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Noemi de
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Orientador(a): |
Soares, Marly Catarina
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Banca de defesa: |
Couto, Ligia Paula
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Leite, Suely
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
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Departamento: |
Departamento de Estudos da Linguagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4041
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Resumo: |
O objetivo desta dissertação é analisar como as personagens femininas (meninas e mulheres) são representadas na Literatura Infantil Contemporânea (LI) escrita por mulheres negras, a partir da perspectiva da Crítica Feminista, buscando uma aproximação da LI não apenas em sala de aula, mas percebendo ela como arte, valorizando o trabalho das autoras e considerando a criança como leitor(a) literário(a) em formação. Para realizar as análises, reflexão e discussão utilizo, como ferramenta analítica, a Teoria da Interseccionalidade, inicialmente pensada por Kimberlé Crenshaw (2002). Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e de análise literária. O trabalho foi organizado em três capítulos. No primeiro, aborda-se a Autoria de mulheres, principalmente de mulheres negras, e as questões que permeiam o Feminismo Negro e as intersecções, considerando principalmente a trajetória das mulheres do âmbito editorial. No segundo capítulo, discutimos sobre a Literatura Infantil com um olhar para a LI no Brasil, seu início e suas mudanças ao longo dos anos. O terceiro capítulo aborda a análise literária, com o foco nas personagens femininas, organizada em tópicos, a partir dos livros Com qual penteado eu vou? (2021), de Kiusam de Oliveira; As bonecas negras de Lara (2017), de Aparecida de Jesus Ferreira, e O fio da memória (2021), escrito por Fabiana Sasi. O referencial teórico utilizado abrange os estudos de Kimberlé Crenshaw (2002); Kassandra Muniz (2010); Ione da Silva Jovino (2017); bell hooks (2021); entre outras autoras. A partir dos resultados desta pesquisa, afirmamos que ter livros de Literatura Infantil escrito por mulheres negras é uma grande conquista de espaço, de vez, de voz, de existência e de resistência. Percebemos que as meninas também precisam de representações fortes, independentes, inteligentes e poderosas como as protagonistas Aisha, Lara e Lia. Podemos concluir então que existem possibilidade(s) de uma abordagem significativa e positiva para fomentar discussões e reflexões sobre gênero e raça a partir da leitura de livros de Literatura Infantil ao trazer essas personagens positivas em evidência na Literatura Infantil. |