Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Biuk, Luiz Felipe
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Orientador(a): |
Kanunfre, Carla Cristine
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Banca de defesa: |
Borato, Danielle Cristyane Kalva
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Maia, Beatriz Helena Lameiro de Noronha Sales
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas
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Departamento: |
Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4186
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Resumo: |
Os óleos essenciais (OEs) além de possuírem diversas atividades farmacológicas, são compostos por componentes voláteis, que, por meio de inalação, podem ser entregues diretamente aos tecidos da via respiratória. Essa propriedade torna interessante investigar os efeitos de sua fase vapor comparando-as com a fase líquida frente ao tratamento de doenças desta via. Objetivou-se nesse trabalho avaliar o potencial antitumoral, antioxidante e antimicrobiano do OE de Juniperus communis L. (zimbro) nas suas fases líquidas (FL) e vapor (FV). Como estratégia experimental, as células NCI-H292 de carcinoma de pulmão e MRC-5 de fibroblastos de pulmão (controle) foram utilizadas nos ensaios de avaliação do potencial antitumoral. Os tratamentos com o OE foram realizados pelo período de 24h com a FL (5-2000 μg/mL/poço) e com a FV (25-16000 μg/mL/poço). A viabilidade celular foi determinada pelos ensaios de redução de Brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltetrazolio) (MTT) e de coloração de proteínas com sulforodamina B (SRB), a partir dos quais foram calculados os valores de CIL50 e índice de seletividade (IS), além disso foi realizado o ensaio Scratch para avaliação da proliferação celular. Ambas as fases do OE reduziram a viabilidade da linhagem tumoral de forma dose dependente. Nos ensaios de MTT e SRB, foram obtidos os valores de IS respectivos de 4,43 e 5,32 μg/mL para a FL e de >20 e 7,01 μg/mL para a FV. O ensaio de Scratch demonstrou redução da proliferação celular em 66% e 35,7% para a FL e FV respectivamente. Para os ensaios de detecção de espécies reativas de oxigênio (EROs), utilizou-se o composto DCFH-DA com o intuito de se avaliar o potencial antioxidantes do OE. Esse ensaio, quando empregando concentrações não citotóxicas, indicou que o OE, em ambas as fases, aumentou a produção basal de EROS intracelular da linhagem de macrófagos J774. Todavia, na presença de peróxido de hidrogênio, o OE reduziu a produção EROS. A avaliação da atividade antimicrobiana da FL do OE foi realizada frente as cepas de S. aureus, K. pneumoniae, e C. albicans 10231 e 14053, submetidas aos ensaios de macrodiluição em caldo nas concentrações de 31,25-4000 μg/mL. Para a FV foram realizados os ensaios de microatmosfera, utilizando os valores de CIM50 obtidos do ensaio anterior. Nos ensaios de macrodiluição os valores de CIM50 obtidos foram de 1000, 1000, 250 e 500 μg/mL para S. aureus, K. pneumoniae, C. albicans 10231 e C. albicans 14053, respectivamente, sendo que os valores de CIM90 foram obtidos somente com as cepas fúngicas. Nos ensaios de microatmosfera para a FV somente as duas cepas de C. albicans demonstraram a formação de zona/halo de inibição de crescimento, com o diâmetro entre 3,5mm e 3,8mm. A partir da pré-seleção das cepas ATCC com maior sensibilidade, cepas orais clínicas de C. albicans, foram testadas para comparação do efeito do OE. Em apenas uma cepa destas (34C) houve redução da viabilidade com forte efeito do OE de zimbro na FL (CIM50 de 250 μg/mL) e zona de inibição de 4,7 mm na FV. Em conclusão, os resultados obtidos indicam que ambas as fases do OE de zimbro apresentam efeito antitumoral e antioxidante (em células estimuladas), sendo ambos mais expressivos na FL. A FL e a FV também possuem efeitos antimicrobianos, todavia, respectivamente, moderado e baixo. Considerando os potenciais terapêuticos do OE revelados neste estudo e a possibilidade do emprego da via alternativa de administração da fase vapor, a inalatória, se torna importante investigar os possíveis mecanismos de ação desse OE. |