Padronização botânica e avaliação da atividade cardiovascular de folhas de Cecropia pachystachya Trécul, URTICACEA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Machado, Camila Dias lattes
Orientador(a): Budel, Jane Manfron lattes
Banca de defesa: Baglie, Sinvaldo lattes, Swiech, Juliane Nadal Dias lattes, Armstrong, Lorene lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmaceuticas
Departamento: Departamento de Ciências Farmacêuticas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3072
Resumo: Cecropia pachystachya Trécul é conhecida popularmente como embaúba, árvore-da-preguiça, pau-de-lixa e ambaí. É uma espécie medicinal encontrada na América Latina, especialmente no Brasil e na Argentina. Cecropia pachystachya é utilizada na medicina tradicional como anti-inflamatória, antitussígena, broncodilatadora, mucolítica e para tratar problemas cardiovasculares. Essa planta medicinal é comercializada fragmentada e é frequentemente confundida com outras espécies de Cecropia e até mesmo com espécies de outras famílias botânicas, a exemplo de Tetrapanax papyrifer, devido à mesma denominação popular e morfologia similar. Considerando as propriedades cardiovasculares, a nomenclatura vulgar e as similaridades morfológicas, objetivou-se analisar botanicamente e quimicamente as fohas de C. pachystachya, além de realizar estudo farmacológico, a fim de fornecer características anatômicas e fitoquímicas para auxiliar na identificação e caracterização da espécie vegetal, e avaliar a efetividade e a segurança de uso de extratos aquosos obtidos das folhas desse taxon. Foram utilizados métodos usuais em microscopia de luz e eletrônica de varredura para a descrição morfoanatômica. Para a avaliação farmacológica, a fração solúvel em etanol (FSE) originado a partir do extrato aquoso das folhas de Cecropia pachystachya foi caracaterizado quimicamente por CLAE-DAD-EM e EM/EM e submetido à estudos de toxicidade, diurese aguda e prolongada, hipotensor e efeitos antioxidantes nas doses de FSE (30, 100 e 300 mg/kg) em ratos Wistar. Os principais marcadores anatômicos encontrados foram, folha hipoestomática, mesofilo dorsiventral, tricomas filariformes, cônicos e pluricelulares, nervura central biconvexa com feixes vasculares colaterais desorganizados, pecíolo circular, presença de cristais de oxalato de cálcio, grãos de amido, compostos lipofílicos, lignificados e fenólicos. Os principais metabólitos secundários encontrados foram ácidos fenólicos e flavonoides, dentre eles: ácido quínico, ácido hexônico, ácido cítrico, ácido 5-O-E-caffeoil quínico, dímero de procianidina, C-hexosil C-pentosil luteolina, C-hexosil luteolina, C-hexosil apigenina, C-hexosil O-pentosil apigenina, O-deoxihexosil-hexosil quercetina e O-hesoxil quercetina. FSE não demonstrou efeitos tóxicos na dose máxima de 2000 mg/kg e apresentou atividade diurética aguda de 8 h em todas as doses (30, 100 e 300 mg/kg). Ação vasodilatadora não foi verificada em estudo de leito mesentérico e efeitos antioxidantes foram identificados, principalmente para a atividade da superóxido dismutase. Os resultados obtidos na caracterização morfoanatômica fornecem subsídios para a identificação de C. pachystachya, bem como a diferenciação das demais embaúbas. Os estudos histoquímico e químico evidenciaram a presença de ácidos fenólicos. O estudo farmacológico evidenciou atividade diurética e antioxidante.