Caracterização e determinação da eficiência em sistema agrícola de cultivo de soja por meio de análise envoltória de dados e métodos multivariados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Teixeira, Salathiel Antunes lattes
Orientador(a): Dias, Carlos Tadeu dos Santos lattes
Banca de defesa: Barbosa, Fabrício Tondello lattes, Schiebelbein, Luis Miguel lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Departamento de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3130
Resumo: O desenvolvimento de técnicas de análise e gestão é importante. Mesmo que o alvo deste trabalho esteja centrado em uma análise energética de um sistema de produção as técnicas aqui exploradas podem ser aplicadas em outras circunstâncias. O objetivo geral do trabalho foi caracterizar e comparar a eficiência de um grupo de produtores da região de Boa Esperança, estado do Paraná, no sistema de produção da cultura da soja utilizando a análise envoltória de dados e métodos multivariados sob a óptica da energia empregada no sistema. Os dados referentes a quantidades de energia utilizados e produzidos no sistemas foram convertidos em equivalentes de energia por unidade de área para realização do balanço de energia. Em seguida foi realizada revisão bibliográfica sobre a análise envoltória de dados (DEA – data envelopment analysis). Posteriormente, para obter valores de eficiência, foi utilizada a DEA no conjunto de dados obtidos junto aos 27 produtores nas safras 2014/2015, 2015/2016 e 2016/2017. A análise multivariada de variância, regressão logística discriminante e análise de agrupamento no plano das componentes principais foram utilizadas para verificar diferenças entre classes de eficiência e padrão de agrupamentos considerando as diferentes variáveis. Nas análises multivariadas as variáveis foram: 1.produtividade, 2.pesticidas (fungicidas, herbicidas, inseticidas, adjuvantes e espalhantes), 3.nutrientes (N, K2O, P2O5 e micronutrientes), 4.sementes e 5.operacionais (mão-de-obra, máquinas e combustível). O balanço de energia na produção foi positivo considerando a média dos 27 produtores em três safras. O total de energia empregada na produção de soja foi de 40.888,98 MJ ha-1. Foi constatado um saldo de 53.634,69 MJ ha-1 debitando da produtividade equivalente em energia os gastos equivalentes em energia. A razão entre os totais de saída e entradas foi de 2,31. Verificou-se em uma abordagem matemática que é possível obter valores de eficiência construindo valores de eficiência relativa entre elementos de um grupo de unidades formadoras de decisão (DMU’s – decision making units). Utilizando DEA com orientação para entradas nos 27 produtores de soja nas safras 2014/2015, 2015/2016 e 2016/2017 o máximo valor de eficiência foi de 100 % e o menor valor foi de 71,37 %. Foram definidas duas classes: “eficientes” e “ineficientes”. Os vetores de médias associados as classes “eficientes” e “ineficientes” apresentam diferença significativa pelo teste Lambda de Wilks ao nível de 5% segundo a análise multivariada de variância. Intervalos simultâneos com pelo menos 95% de confiança estimados pelo método de Bonferroni para a diferença entre os vetores de médias indicam que as médias das variáveis “operacionais” e “produtividade” são diferentes. A regressão logística estimada foi capaz de realizar a distinção entre as classes “eficientes” e “ineficientes” em mais de 75% do total dos casos avaliados. Na análise de agrupamentos por componentes principais foram identificados 3 agrupamentos considerando a média dos agrupamentos. O agrupamento 1 é caracterizado pelo equilíbrio entre custo e produtividade de energia por unidade de área. O agrupamento 2 se caracteriza em média por valores de produtividades em equivalentes em energia baixos e altos dispêndios de equivalentes em energia com pesticidas e operacionais. O agrupamento 3 possui DMU’s eficientes e ineficientes. As DMU’s deste grupo possuem altas (baixas) produtividades associadas a altos (baixos) dispêndios de energia.