Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Baldo, Gizele Rejane
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Orientador(a): |
Sosa-Gómez, Daniel Ricardo
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Banca de defesa: |
Valicente, Fernando Hercos,
Santos, Bráulio,
Torres, Adalci Leite,
Mascarin , Gabriel Moura |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Departamento de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2486
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Resumo: |
Os vírus de poliedrose nuclear são importantes agentes de controle microbiano de larvas de lepidópteros. No entanto, sua atividade pode ser comprometida durante a interação com suas plantas hospedeiras. Entender como ocorre a interação do vírus da lagarta Chrysodeixis includens, ChinNPV, com dois de seus hospedeiros, soja e algodão, pode auxiliar a expandir o uso de pesticidas biológicos amenizando suas limitações. A interação planta/vírus foi estudada a fim de verificar a influência da planta sobre o processo de infecção, alterando a forma e o momento em que as larvas se alimentam desses substratos. Os tratamentos foram: disco de folha, incorporação de folha (liofilizada e seca em estufa) em dieta, alimentação com substrato foliar antes da inoculação viral, persistência e exposição do vírus sobre a planta. As avaliações foram realizadas até o 10º ou 12º dias após a inoculação, quando foram determinados o peso e o estágio de desenvolvimento de cada sobrevivente. Os dados de mortalidade foram submetidos à análise de sobrevivência com riscos competitivos e os demais dados à ANOVA. Alterações histopatológicas no intestino médio das lagartas alimentadas com folhas de soja e algodão e inoculadas com o ChinNPV foram analisadas por microscopia de luz. A fixação das partículas virais foi avaliada através da extração da cera epicuticular com cinco solventes, seguida de aplicação, lavagem e contagem do vírus remanescentes. Fixação, morfologia e persistência dos poliedros sobre folhas de soja e algodão, em ambiente controlado e campo, foram avaliadas por MEV em diferentes períodos. A mortalidade das lagartas foi comprometida pelo algodão em quase todos os bioensaios realizados. A inoculação do NPV sobre discos de folha de soja resultou em mortalidades semelhantes à dieta. No entanto, quando tecidos liofilizados foram incorporados à dieta, os folíolos de soja reduziram a mortalidade de C. includens por NPV, com mortalidade análoga à provocada pelo algodão e, quando secos em estufa, a mortalidade larval foi intermediária, entre o apresentado pela dieta artificial e as folhas de algodão. Quando o vírus foi exposto na superfície da soja e posteriormente recuperado, o tempo de contato com a folha (72h) reduziu a atividade do vírus, o mesmo não foi válido para o algodão. A análise histopatológica mostrou desestruturação das células epiteliais no tratamento de alimentação prévia com folha, entretanto este fenômeno não alterou a mortalidade das lagartas. Enquanto em campo, a distribuição dos poliedros foi uniforme no filoplano das duas culturas, no laboratório, os poliedros formaram agregados sobre a superfície da soja. Já quando a cera epicuticular foi removida, a interação da folha com o vírus foi afetada. A atividade do ChinNPV foi comprometida tanto por folhas de soja quanto algodão, sendo que a persistência do vírus começa a reduzir após o terceiro dia de contato com o filoplano. Foi possível observar que a inativação do vírus somente ocorre quando folha de algodão e vírus são fornecidos em conjunto, enquanto na soja, o tempo de contato do vírus com a folha parece influenciar reduzindo a mortalidade das lagartas. Assim, seria interessante estudar formulações e doses para compensar a perda de atividade viral provocada pelos tecidos foliares. |