As implicações do material estruturado NAME nas práticas de alfabetização no ensino inclusivo em Xaxim/SC

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Marineiva Moro Campos de lattes
Orientador(a): Cruz, Gilmar Carvalho lattes
Banca de defesa: Gontijo, Cláudia Maria Mendes, Paim, Marilane Maria Wolf, Papi, Silmara de Oliveira Gomes, Cartaxo, Simone Regina Manosso
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Departamento de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3469
Resumo: A pesquisa, realizada em 2021, teve o objetivo de analisar as implicações do material estruturado NAME nas práticas de alfabetização no ensino inclusivo no município de Xaxim/SC. Ela foi guiada pelo método dialético e teorizada pela perspectiva histórico-cultural. A partir dessa articulação epistemetodológica organizaram-se rodas de conversa pela via didática da pedagogia histórico-crítica. Utilizaram-se os seguintes procedimentos para a realização da pesquisa: a) análise de documento curricular do Núcleo de Apoio a Municípios e Estados (NAME), utilizado pela rede de ensino municipal de Xaxim/SC; b) entrevista com a secretária de Educação do município atuante no ano de 2005, quando o município iniciou a adesão aos materiais estruturados; c) revisão bibliográfica sobre a temática alfabetização e ensino inclusivo; d) dez rodas de conversa com as alfabetizadoras do município, com a duração de 1 hora e 30 minutos cada, totalizando 15 horas de rodas de conversa. Os resultados apontam que ao longo da história da alfabetização o ensino inclusivo não foi escopo principal nos debates acerca do ensino da leitura e da escrita aos estudantes público-alvo da educação especial, e que somente em 2012, com a institucionalização do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), o ensino inclusivo ganhou espaço, ainda com debates tímidos e fragilizados. Esse encontro entre ensino inclusivo e alfabetização no PNAIC demarcou o primeiro momento em que, no Brasil, uma política pública educacional materializada em um programa de formação de alfabetizadores, que também possui materiais que orientam as práticas de ensino, abre espaço para o diálogo sobre a inclusão escolar. Em Xaxim/SC, além do PNAIC, orientam as formações e as práticas de alfabetização os materiais estruturados do NAME, materiais que justificam o diálogo acerca do ensino inclusivo por meio de ilustrações de crianças com deficiência nas páginas das apostilas, mas que não dialogam em suas formações acerca desse ensino. Os dados destacam que os materiais estruturados NAME incorrem no esvaziamento e/ou simplificação de conteúdo, na precarização do ensino e da formação continuada das alfabetizadoras e no reforço da educação seletiva, aquela em que uns aprendem e outros apenas são incluídos.