Desenvolvimento da profissionalidade docente: representações de professoras dos anos iniciais da educação básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Macenhan, Camila lattes
Orientador(a): Tozetto, Susana Soares lattes
Banca de defesa: Hobold, Márcia de Souza lattes, Nörnberg, Marta lattes, Papi, Silmara de Oliveira Gomes lattes, Cartaxo, Simone Regina Manosso lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Departamento de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2962
Resumo: Esta pesquisa, desenvolvida durante a participação no Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho Docente (GEPTRADO), tem como objeto as representações de professoras, compreendidas a partir da relação entre concebido e vivido (LEFEBVRE, 1983) e, neste caso, referem-se à profissionalidade docente. A problemática de pesquisa delineou-se da seguinte forma: quais as representações dos professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental sobre o desenvolvimento da sua profissionalidade? A investigação buscou analisar os componentes mencionados pelos professores para o desenvolvimento da sua profissionalidade, por meio da realização das narrativas da formação. As discussões são apresentadas a partir dos estudos de Bourdieu (2009), Giroux (1997) e Lefebvre (1983). Os objetivos desta tese foram: a) identificar, por meio de interpretações analíticas, as representações de professores da Rede Municipal de Ensino de Ponta Grossa, Paraná, a respeito do desenvolvimento da profissionalidade docente; b) desvelar como os professores se percebem ao longo do processo de desenvolvimento profissional na carreira docente; e c) discutir os elementos que professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental consideram como fundantes para a profissionalidade na docência. A partir de três escolas da Rede Municipal de Ensino de Ponta Grossa/PR, as quais, segundo relatório da rede, possuíam maior número de professores que estavam aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e continuavam no exercício da docência, chegou-se aos participantes desta investigação: oito professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental. O presente estudo desenvolveu-se a partir da abordagem qualitativa e, como metodologia de pesquisa, utilizou narrativas da formação das professoras, na perspectiva de Catani e Vicentini (2006) e de Souza (2006), e grupos de discussão sobre a forma como a própria categoria identifica as condições de seu trabalho e de qual modo as professoras percebem a autonomia no exercício da docência. Os dados foram analisados com o processo de decomposição do todo em suas partes constituintes, a partir da Análise Textual Discursiva (ATD), proposta por Moraes e Galliazi (2006, 2007). Como resultados, colocam-se as relações que as professoras trazem sobre o conhecimento específico da docência, a autonomia em seu trabalho e o reconhecimento social da profissão docente. Considera-se que os pontos comuns, desde ingresso e em todo o decorrer da carreira docente das professoras participantes do estudo, são mais escassos em relação aos pontos singulares das trajetórias profissionais, o que revela a heterogeneidade entre caminhadas em uma mesma profissão, estando a profissionalidade docente em fase de elaboração pela categoria. Três categorias emergiram no decorrer da pesquisa, sendo elas: representações de professoras sobre conhecimento específico do profissional da educação; representações de professoras sobre autonomia na carreira docente; e representações de professoras sobre reconhecimento social do docente. Ao longo das narrativas das professoras participantes, as relações humanas ficaram em posição de evidência; entretanto, apareceram silenciamentos no caso das compreensões sobre as políticas educacionais e suas relações com o processo de 8 ensino. As ambiguidades sobre a docência também ficaram nítidas em relação à/ao: imitação de modelos para atuar em salas de aula ou formação para composição do conjunto de conhecimentos específicos do docente; isolamento ou autonomia profissional e desvalorização salarial versus reconhecimento social. Tais posições contraditórias, reveladas via narrativas da formação docente e também por meio do grupo de discussão, denotam que o processo de profissionalidade na docência está ainda em movimento de construção.