Filmes de amido de mandioca reforçados com nanopartículas de celulose visando aplicação em embalagens alimentícias “eco-friendly”

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Travalini, Ana Paula lattes
Orientador(a): Demiate, Ivo Mottin lattes
Banca de defesa: Carvalho Filho, Marco Aurélio da Silva lattes, Colman, Tiago André Denck lattes, Olivato, juliana Bonametti lattes, Nogueira, Alessandro lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Departamento de Engenharia de Alimentos
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2928
Resumo: Durante a obtenção de amido de mandioca, ocorre formação de resíduos sólidos (bagaço) e líquidos (manipueira) em volumes elevados. A fração sólida possui em sua composição fibras e amido residual que não foi extraído no processo. Tendo em vista a dificuldade de destinação deste resíduo sólido, este trabalho teve como objetivo extrair a fibra do bagaço de mandioca e obter celulose nanocristalina (NCC) e lignocelulose nanofibrilada (LCNF). Estas nanopartículas foram incorporadas em filmes de amido de mandioca, avaliando as propriedades tecnológicas e comparando com a incorporação de nanopartículas comerciais. Com os melhores resultados, foi realizada a aplicação dos filmes de amido como embalagem para uvas sem semente, com avaliação da qualidade pós-colheita dos frutos durante um período de 30 dias, comparando-se com o desempenho de filme comercial de PVC e amostra controle (sem embalagem). As análises desenvolvidas para a avaliação das nanopartículas obtidas comprovou o tamanho nanométrico das mesmas. A partir da incorporação de NCC em filmes de amido foi possível obter menores valores de opacidade, absorção de água (AA) e permeabilidade ao vapor de água (PVA), além de aumento na tensão de tração e módulo de Young, resultando em filmes mais resistentes. Os filmes de amido desenvolvidos com LCNF resultaram em filmes com menores valores de opacidade e PVA, entretanto maiores valores de tensão de tração e módulo de Young. Todos os filmes de amido apresentaram biodegradabilidade em solo orgânico de acordo com teste qualitativo. A aplicação dos filmes com 1,3% de NCC e LCNF como embalagem de uvas sem semente resultou em menor perda de massa e conversão de glicose, além de maior resistência à penetração durante os 30 dias de armazenamento. Os filmes desenvolvidos com nanopartículas obtidas a partir do bagaço de mandioca apresentaram propriedades interessantes e competitivas se comparados com filmes comerciais.