Desenvolvimento, caracterização e avaliação das atividades biológicas de nanopartículas de prata e de ouro, obtidas por síntese verde, a partir do extrato aquoso das sementes de Pterodon emarginatus Vogel (Fabaceae) associadas à gentamicina e ao ácido hialurônico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Toledo, Ana Cristina Oltramari lattes
Orientador(a): Paula, Josiane de Fátima Padilha de lattes
Banca de defesa: Folquitto, Daniela Gaspardo, Boscardin, Patrícia Mathias Doll, Campos, Patricia Mazureki, Jasinski, Vanessa Cristina Godoy
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmaceuticas
Departamento: Departamento de Ciências Farmacêuticas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3339
Resumo: A síntese de nanopartículas metálicas por sistemas biológicos é conhecida como síntese verde ou biossíntese, sendo caracterizada pelo desenvolvimento de nanopartículas biocompatíveis e ambientalmente seguras. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho foi desenvolver, caracterizar e avaliar as atividades antioxidante, hemolítica, bactericida e citotóxica de nanopartículas de prata e de ouro, obtidas a partir do extrato aquoso das sementes de Pterodon emarginatus Vogel (Fabaceae) associadas à gentamicina e ao ácido hialurônico. O extrato aquoso das sementes apresentou na triagem fitoquímica e na espectrometria de massas com ionização por electrospray a presença de taninos, flavonoides, heterosídeos cardiotônicos e foi eficiente na síntese verde das nanopartículas de prata (AgNPs-PE) e das nanopartículas de ouro (AuNPs-PE). As nanopartículas obtidas foram caraterizadas por métodos espectroscópicos e morfológicos como UV-Vis, determinação do diâmetro hidrodinâmico (DH), potencial zeta (PZ) e índice de polidispersão (IP), microscopia eletrônica de varredura por emissão de campo (MEV-EC), espectroscopia de raios X por dispersão de energia (EDE) e espectroscopia no infravermelho por transformada de fourier (EITF). Todas as nanopartículas metálicas, de prata e de ouro, foram obtidas com sucesso e apresentaram formato esférico, tamanho médio, características uniformes e estabilidade no período de 30 dias. Tanto as AgNPs-PE quanto as AuNPs-PE e suas respectivas associações apresentaram atividade antioxidante comparadas com o padrão de ácido ascórbico, bem como não foram citotóxicas para os eritrócitos. Já a toxicidade frente a Artemia salina foi dose dependente para as AgNPs-PE e associações, apenas em altas concentrações, para as AuNPs-PE e associações não houve toxicidade mesmo em altas concentrações. Na avaliação da atividade antimicrobiana as AgNPs-PE e suas associações foram eficientes contra E. faecalis, E. coli, E. coli resistente à gentamicina, K. pneumoniae, P. mirabilis, P. aeruginosa, S. aureus e C. albicans; o extrato e as AuNPs-PE e associações não apresentaram atividade bactericida para os microrganismos testados. A viabilidade celular das AgNPs-PE e das AuNPs-PE e respectivas associações, e do extrato foi realizada com as linhagens de fibroblastos 3T3 e células A549 pelo método de redução do brometo de 3-(4,5-dimetil-2-tiazolil)-2, 5-difenil-2H-tetrazólio (MTT). Nenhuma delas apresentou toxicidade para ambas as linhagens nas concentrações utilizadas na avaliação das atividades biológicas. Considerando os resultados, pode-se sugerir que as AgNPs-PE e as AuNPs-PE e suas associações com gentamicina e ácido hialurônico possuem potencial para aplicações farmacêuticas e biotecnológicas.