Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Frederico Renan Hilgenberg
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Orientador(a): |
Vázquez, Georgiane Garabely Heil
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Banca de defesa: |
Klanovicz, Luciana Rosar Fornazari
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Costa, Maria Paula
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Departamento de História
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4161
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Resumo: |
A epidemia de Aids marcou o final do século XX, influenciando novos comportamentos. Por sua vez, ela foi significada e influenciada por atores sociais como a medicina e a imprensa. Um dos impressos que apresentou a Aids para a população brasileira foi a revista Manchete durante as décadas de 1980 e 1990. O objetivo dessa pesquisa foi compreender como esse semanário construiu a epidemia em suas páginas nessas duas décadas. Para tanto foi realizado um levantamento no acervo da revista da Hemeroteca Digital Brasileira. Foram levantados 646 textos sobre HIV/Aids desde 1982 até 2000. Após o levantamento foram elencadas temáticas sobre as quais esse corpus textual versava, em que tiveram maior destaque foram as de Ciência, Medicina e Saúde (208); Arte e Famosos (138); e Sexo e Sexualidade (101). A metodologia utilizada para analisar esse corpus foi a Análise do Discurso. Uma ferramenta que foi utilizada para auxiliar nesse processo foi o software Iramuteq com as análises de Classificação Hierárquica Descendente e Nuvem de Palavras. Os dois principais teóricos aqui abordados, foram Susan Sontag (1989), nas colocações que ela propõe sobre o papel que a criação metáforas para doenças desempenham no entendimento das mesmas, sobretudo da Aids, e Fausto Neto (1991, 1999), sobretudo quando ele aborda o conceito de olimpianos, a abordagem destes quando soropositivos na comunicação de massa. O foco da análise recaiu sobre matérias de capa da revista que tinham maior ligação com o discurso científico e sobre a vidas de famosos, o encarte Manchete Saúde, campanhas governamentais de HIV veiculadas no semanário e as cartas dos leitores enviadas sobre a epidemia Desse modo, foi possível compreender que a revista Manchete teve um papel complexo nesse processo, pois ao mesmo tempo consolidava algumas metáforas em relação a Aids, também desempenhou o papel de informar a sociedade sobre a nova epidemia. |