Terapia fotodinâmica com azul de metileno em células derivadas de carcinoma espinocelular: estudo in vitro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Scottini, Aline lattes
Orientador(a): Campagnoli, Eduardo Bauml lattes
Banca de defesa: Araújo, Melissa Rodrigues de lattes, Costa, Michele Dietrich Moura lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3571
Resumo: Atualmente o câncer em boca é uma das neoplasias malignas mais frequentes do mundo e os principais tratamentos são a cirurgia, quimioterapia e radioterapia. No entanto, tais terapias causam muitos efeitos adversos e prejudicam a qualidade de vida do paciente. A terapia fotodinâmica (TFD) pode vir a ser uma opção no tratamento nesses casos, uma vez que gera menos efeitos colaterais. Esta terapia consiste no uso de um fotossensibilizador que é ativado por uma luz específica e na presença de oxigênio, causa a liberação de espécies reativas de oxigênio, promovendo danos e morte celular. Dentre os fotossensibilizadores existentes, o azul de metileno (AM) é um dos mais utilizados por apresentar efeito antimicrobiano comprovado, poucos efeitos colaterais e baixo custo. No entanto, ainda há poucos estudos sobre a TFD com AM em carcinoma espinocelular que se origina na mucosa bucal. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da TFD com AM em linhagem celular derivada de Carcinoma Espinocelular de língua (SCC-4), bem como comparar com uma linhagem não neoplásica (fibroblastos 3T3). Para tanto, as células SCC-4 e 3T3 foram incorporadas com soluções de AM em concentrações que variaram de 25 µM a 3200 µM nas linhagens SCC-4 e 3T3 por 30 min. Após a definição das concentrações menos citotóxicas, a TFD foi realizada nas células SCC-4 com aparelho laser com comprimento de onda 660 nm, potência de 50 mW, energia de 6 J por ponto, 120 segundos e densidade de energia de 150 J/cm². A viabilidade celular foi avaliada em dois momentos diferentes (24 h e imediatamente após o tratamento com TFD) através do teste de MTT. Na linhagem SCC-4 o fotossensibilizador (AM) alterou a viabilidade celular a partir da concentração de 200 µM e foi citotóxico para a linhagem 3T3 a partir da concentração de 100 µM. A TFD com AM foi realizada nas células SCC-4 nas concentrações de 25 µM e 50 µM de AM. Nos dois tempos de pós tratamento (0 e 24 h) a TFD com AM afetou a viabilidade celular da linhagem SCC-4 nas duas concentrações, no entanto apenas na avaliação pós-24 h o tratamento com TFD foi considerado citotóxico (viabilidade celular < 70%). Com base nos dados obtidos, conclui-se que a TFD com AM afeta negativamente a viabilidade celular de células SCC-4 após 30 minutos de exposição ao fotossenbilizador nas concentrações de 25 e 50 µM e 02 minutos de irradiação com laser (660 nm, 50 mW, área de 0,04 cm2 , ou seja,150 J/cm²).