Práticas de leitura e escrita na segunda fase do Ensino Fundamental

• Ano de defesa: 2015
• Autor(a) principal: Nascimento, Carlos Valmir do
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba; Centro de Humanidades - CH; Brasil; UEPB; Programa de Pós-Graduação Profissional em Letras - PROFLETRAS
• Palavras-chave em Português: Leitura; Escrita; Aprendizagem; Reading; Writing; Learning; LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
• Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3110

A escola enquanto instituição social organizada tem falhado em duas funções muito importantes para as sociedades letradas: a formação de leitores proficientes, e a ampliação da competência discursiva e linguística dos educandos, de forma a se tornarem bons produtores de textos escritos, levando-se em consideração os gêneros mais usados no meio social. Os atos de ler e escrever, além de expressarem ações exclusivamente humanas, são atividades de interação, pois envolvem um diálogo entre os sujeitos participantes de um processo comunicativo. A importância da leitura e da escrita está relacionada às funções sociais que os indivíduos estabelecem e aos muitos benefícios a eles proporcionados. Assim, este trabalho fundamentou-se nas concepções de Solé (1998), Martins (1994), Gotlib (2006), Lajolo e Zilberman (2007), Koch (1994), Kleiman (2002), Gancho (2010), Antunes (2009) e Marcuschi (2008), dentre outros, e tem o objetivo de analisar as práticas de leitura e de escrita a partir do gênero conto, em uma turma do 9º Ano do ensino fundamental de uma escola da rede pública e avaliar os efeitos dessas práticas sobre a aprendizagem dos alunos. Com essa finalidade, desenvolvemos uma pesquisa qualiquantitativa, sob a hipótese de que procedimentos metodológicos fundamentados em uma sequência didática que envolva teoria e atividades práticas, concretizadas por meio de uma oficina, possibilitando aos estudantes a ampliação dos seus conhecimentos sobre o gênero conto, além de instruí-los quanto à produção escrita desse referido gênero e ampliar as suas possibilidades de leitura. Portanto, como procedimentos metodológicos, realizamos uma entrevista com os educandos, por meio da aplicação de um questionário, para verificar as suas práticas de leitura e solicitamos a produção de um conto sem intervenção. Após a realização da análise dos textos escritos pelos alunos, colocamos em prática um processo interventivo por meio de uma sequência didática, baseada nos equívocos por eles cometidos, em relação aos aspectos estruturais característicos do gênero solicitado, aos fatores da textualidade e às falhas de adequação linguística. No final das atividades, os estudantes produziram um novo conto, cuja análise revelou resultados positivos, uma vez que a maioria dos aprendizes superou os problemas cometidos na produção inicial e ampliou a sua competência comunicativa, o que comprova a importância em se trabalhar a leitura e a escrita no ensino fundamental, no contexto dos gêneros textuais, adotando-se uma concepção sociointeracionista de ensino.