As autoras nas páginas do Correio das Artes: arquivo, memória e cartografia da literatura paraibana de autoria feminina (1975-2016)
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3681 |
Resumo: | Este trabalho insere-se no contexto dos estudos de gênero voltados à problematização da literatura, mais especificamente da literatura de autoria feminina no âmbito do Estado da Paraíba. Através da perspectiva cartográfica, procedeu-se uma pesquisa arquivística, de modo a buscar-se dados para se refletir em torno dos pressupostos teóricos e discursivos capazes de elucidar o lugar ocupado pelas mulheres-autoras publicadas no Correio das Artes, suplemento literário pertencente ao jornal oficial do Estado: A União, em um recorte de tempo delimitado entre 1975 e 2016. Desta produção de dados, construiu-se um “Índice de textos de autoria feminina publicados no Correio das Artes – acervo Hildeberto Barbosa Filho”, mediante o que se analisou a construção discursiva da noção de ‘autora’, atentando para as relações de poder que agem em uma dada região e atuam na constituição de uma simbologia, regional ou não, tida como representação “oficial” de uma produção cultural. Nesse sentido, problematizou-se o “lugar de fala” dos sujeitos considerados autoridades no âmbito do discurso literário, bem como dos sujeitos silenciados por esse mesmo controle discursivo, a fim de refletir acerca do processo de legitimação e da dinâmica de silenciamento daquelas autoras que foram catalogadas. Para isso, as noções de “autora”, a partir de Foucault (2009) e de Chartier (2014), foram arroladas para se chegar à noção, proposta neste trabalho, de autora-crítica, tomando-se o conjunto de implicações advindas da atividade da autoridade intelectual e do espaço geográfico e cultural. Além disso, apontou-se, empregando a cartografia enquanto procedimento metodológico, os aspectos históricos, temáticos e estruturais identificados a partir dos gêneros “ensaio e texto crítico” a fim de caracterizar e sistematizar essa produção literária em específico. A perspectiva cartográfica adotada neste trabalho, portanto, visou expor os movimentos, relações, jogos de poder e modos de subjetivação que circundam a literatura de autoria feminina com o fito de contribuir para novas abordagens em torno dos estudos de história literária, notadamente a partir de uma perspectiva voltada aos arquivos e à memória cultural de um espaço não-hegemônico em face da literatura a que se chama de nacional. |