Corpo, representação e identidade no universo da prostituição inscrito em A noiva escura, de Laura Restrepo
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2460 |
Resumo: | Ao longo da história da humanidade, a prostituição é vista como forma de transgressão feminina, por (en)carnar a sensualidade e o desabrochamento. Por ser “lugar venal da sexualidade”, a prostituta “é” capaz de subverter as normas, os padrões morais da sociedade. Sua imagem prevaleceu – e sobrevive até hoje – no imaginário social como forte símbolo da alteridade, representação da figura feminina fatale, enigmática no seu poder de sedução e imaginariamente livre, afetando a condição da mulher na sociedade e contribuindo para a construção de uma identidade feminina. Suas trajetórias, longe da representação da mulher casta, pura, ignoram a apologia do discurso erudito cristão de sujeição do corpo feminino. Nesse contexto, o corpo é tido como erótico, abjeto, sagrado, social, capaz de engendrar as subjetividades dessas mulheres prostituídas e causa de redenção e/ou decaída, cidadania e/ou exclusão, lugar de investimento de desejo e de pulsões desejantes, portanto, múltiplo, sem unidade. Isso posto, não há como pensá-lo destituído de um processo de simbolização, uma vez que ele é resultado de uma história, sempre intercambiada pelo Outro e por desejos. Nesse sentido, o surgimento de padrão de comportamento imposto à mulher é construído em função de modelos (culturais, sociais, psicológicos, históricos e religiosos), a obra A noiva escura, de Laura Restrepo,oferece um ponto de vista subjetivo, feminino da prostituição através de uma reportagem-ficção, e põe em questão preconceitos de classe social, de raça, de gênero, permitindo a construção de novas redes simbólicas de subjetivação. Dessa forma, o presente estudo procura mostrar os elementos críticos presentes na referida obra, para pensar a corporeidade como subtrato identificatório dessas mulheres prostituídas, pois o corpo de Sayonara (protagonista de A noiva escura), amalgamado ao mito de La Malinche, articula, através do desejo e da insatisfação, da ordem e do caos, representações de configurações identitárias femininas. Para tanto, utilizaremos teóricos como Paz (1992;1995); Bartra (1987); Bataille (1980); Landowski (2002); Filordi (2010); entre outros. |