Os mortos como tecidos vivos na memória em Os mortos são estrangeiros, de Newton Navarro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Macedo, Stefânnya Silveira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Literatura e Estudos Interculturais
BR
UEPB
Mestrado em Literatura e Interculturalidade - MLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/1764
Resumo: Dentre os vários códigos simbólicos existentes na esfera cultural, o discurso literário aparece-nos como relevante para a análise da multiplicidade linguística e discursiva inerente a cultura, pois pelo seu teor plurissignificativo, se configura como dispositivo hermenêutico que permite revelar a dimensão multifacetada do real. A partir disto, este trabalho busca investigar, através dos contos A cadeira na sombra , Sextafeira da paixão e Os mortos são estrangeiros , os quais compõem a obra Os mortos são estrangeiros (1970), do escritor norte-rio-grandense Newton Navarro, como os mortos continuam presentes enquanto memória dos personagens vivos. Nas narrativas examinadas, detectamos elementos recorrentes que permitem entrever que, embora, a morte coloque em pauta a ausência irremediável, antes estava, agora já não mais estar , ela não rompe definitivamente com os vínculos que ligam os mortos e os vivos. O corpo se dissipa, mas a memória do morto continua a existir entre os vivos. Isto se dá por vários motivos próprios da complexidade e mistério do humano, dentre os quais, por razões existenciais, religiosas ou sociais. Para a realização deste trabalho utilizamos as leituras de: BAKHTIN (2003,1992); BARROS (1999, 1995); BOSI (1994); BRANDÃO (2006, 2005, 2004); CULLER (1999); DUARTE & MACÊDO (2001); EAGLETON (2003); FIORIN (2006, 1999); GOMES (1995); GURGEL (2001); MAINGUENEAU (2008, 2006, 1993); NAVARRO (2003); RICOUER (2007, 1992) VALDÉS (1996); ZIEGLER (1977), entre outros.