Produção de L-asparaginase por fungos filamentosos isolados do bioma caatinga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rocha, Wilma Raianny Vieira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas - PPGCF
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2761
Resumo: A enzima L-asparaginase (ASNase) é utilizada no tratamento de leucemia linfoide aguda, sendo que os medicamentos comerciais contém ASNase de origem procariótica e a principal desvantagem de seu uso são as reações de hipersensibilidade. Diante disso, este trabalho teve como objetivo a avaliação da produção de L-asparaginase por fungos filamentosos, representando uma fonte eucariótica alternativa para esta enzima. Foram avaliados 32 fungos isolados do bioma Caatinga no sertão Paraibano quanto à capacidade de produção da L- asparaginase. Inicialmente foi realizado o screening qualitativo por meio da utilização do azul de bromotimol como indicador. Os fungos selecionados nessa primeira etapa foram cultivados em meio Czapek Dox modificado para determinação da atividade enzimática, tanto intra quanto extracelular. Para determinar a atividade enzimática foi utilizado método do ácido L-aspartil- -hidroxâmico (ABA) e o Aspergillus terreus S-18 foi definido como a melhor cepa produtora. Obteve-se a caracterização dos perfis de crescimento fúngico e produção da enzima com subsquente otimização da produção de biomassa e da enzima por meio de planejamento estatístico dividido em três blocos com repetição do ponto central. Avaliou-se também a recuperação da enzima intracelular por meio do rompimento mecânico do micélio e aumento na escala de produção por meio do cultivo em biorreator air-lift (adaptado). Foram selecionados 15 fungos após o screening qualitativo. A produção intracelular de ASNase foi maior quando comparada a produção extracelular, sendo que 9 fungos produziram a enzima intracelular no screening quantitativo com destaque para produção intracelular do A. terreus S-18, que foi de 1,58 U.g-1 (18,2 U totais) para ASNase e 0,15 U.g-1 para L-glutaminase (GLUase), apresentando relação ASNase/GLUase de 10,5. Nos cálculos dos parâmetros cinéticos o A. terreus S-18 apresentou µMax de 0,019 h-1, Td de 36,5 h e fator de conversão de substrato em células, na fase de crescimento, de 0,9 g.g-1. Na otimização da produção de biomassa e de ASNase por A. terreus S-18, os valores ótimos para produção de biomassa: pH de 5,7 e temperatura de 29 °C e para produção da enzima: pH de 7,0, inóculo de 3,24E+07 esporos.mL-1 e temperatura de 29 °C, resultando na produção de 69,3 U totais de ASNase. Na recuperação da enzima obteve-se atividade de 0,8 U.mL-1 por rompimento celular por pérolas de vidro e vórtex. Em biorreator, o inóculo utilizando esporos não resultou em produção de ASNase extracelular e/ou intracelular, já o cultivo utilizando pellets o fungo A. terreus S-18 foi capaz de produzir a enzima intracelular, correspondente a 109,7 U totais de ASNase.