Identificação de SNPs (Single Nucleotide Polymorphisms) de suscetibilidade ao câncer em uma população miscigenada longeva do Nordeste Brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Galisa, Steffany Larissa Galdino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4180
Resumo: O câncer é a principal causa de morbidade e mortalidade no mundo, sendo considerado um fator limitante para a expectativa de vida. Com o envelhecimento, observa-se maior incidência de câncer ocasionada por alterações fisiológicas e genéticas relacionadas com a idade. Os polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs), alterações genéticas mais comuns no genoma humano, podem contribuir para a suscetibilidade ao câncer, atuando como biomarcadores. O objetivo do trabalho foi investigar na população miscigenada de longevos de Brejo dos Santos, variantes genéticas de suscetibilidade ao câncer e realizar um estudo de ancestralidade. Foram selecionados 73 idosos saudáveis com ≥80 anos, residentes no município de Brejo dos Santos - PB. Realizou-se a genotipagem dos idosos utilizando a plataforma de SNP array Axiom® Genome-Wide LAT 1 Array Plate. Foi utilizado o Genotyping ConsoleTM software (Version 4.2; Affymetrix Inc.) para análise dos genótipos e controle de qualidade, aplicando os filtros: SNP call rate >97%; Hardy Weinberg test (HWE) com p-valor > 0,05, e os genes BRCA1, BRCA2, TP53, AURKA, CCND1, CDKN1A, ATM, ERCC5, XRCC1, MC1R, VEGF, MMP7, ERCC1, ERCC2, RB1, HNF1B, NCOA3, MLH1, MITF e CDH1. Foram identificadas 90 variantes genéticas de suscetibilidade ao câncer,sendo que 47,25% das variantes apresentaram ancestralidade européia, 49,45% ancestralidade europeu/africano e 3,29% das variantes ancestralidade europeu/nativo-americano. Foram observadas diferenças na frequência alélica entre populações de regiões geográficas diferentes como Paraíba e São Paulo e em populações mundiais. Dos 48 haplótipos identificados na população, 23 apresentaram apenas alelos de risco para o câncer, cinco apresentaram alelos que aumentam e diminuem o risco e cinco apresentaram apenas alelos protetores para o câncer. As maiores frequências observadas na população foram de haplótipos europeus e haplótipos europeu/africano com 45,83% cada. Haplótipos de origem africana tiveram uma frequência de 4,16%, e haplótipos europeu/nativo-americano e europeu/africano/nativo-americano tiveram uma frequência de 2,08% cada. Neste trabalho, buscou-se combinar a análise de haplótipos em grupos miscigenados para explorar a arquitetura genética do câncer na população. Os resultadosfornecem o primeiro relatório sobre polimorfismos genéticos comuns de câncer em uma população consanguínea do nordeste brasileiro, que podem estabelecer um banco de dados de base genética para orientar futuros estudos de associação.