Do indesejado ato de lembrar ao desejo de esquecer: uma análise do processual esquecimento de Júlia em Como esquecer - anotações quase inglesas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Freire, Keila de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3446
Resumo: O presente trabalho apresenta uma leitura de um dos livros de Myriam Campello Como esquecer-anotações quase inglesas (2010). Tal pesquisa tem como objetivo principal analisar os mecanismos desse esquecimento pontual através de um viés de valor positivo, o que está em contraposição a nossa cultura Ocidental que tem na memória e no lembrar o que deve ser pretendido pelos seres em suas convivências sociais. Júlia, professora universitária de Língua Inglesa, é a protagonista e narradora dessa história que conta sobre dores, sofrimentos e afetos destruídos após a partida abrupta de sua companheira Antônia. Para estruturar essa discussão estudamos as teorias da memória construídas por Agostinho (2001), Le Goff (1990), Bergson (1999), Halbwachs (2003), Ricoeur (2007) e Deleuze & Guattari (2004) com a intenção de nos utilizarmos de um conceito que funcionará como nossa base analítica: a esquizoanálise memorial. Através desse conceito visualizaremos Júlia e sua perda como uma experiência única e irrepetível. Esquecer, para ela, é algo desejado e alcançar esse esquecimento é um acontecimento que trará alívio. Diante disso, portanto, trazemos à tona a concepção de esquecimento feliz com a finalidade de entendermos como Júlia trilha seu caminho em busca de respostas para o seu processual esquecimento. Todo esse percurso finda com o lançamento de hipóteses sobre se há uma forma de esquecer.