Efeito da fragmentação florestal sobre a vegetação arbórea e solo em Brejo de altitude

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Carneiro, Antônio Marques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4981
Resumo: Os processos de degradação da Mata Atlântica começaram com a chegada dos europeus ao Brasil, intensificando-se ao longo dos ciclos econômicos do século XVI ao XX. Atualmente, aproximadamente 28% da vegetação remanescente está distribuída em mosaicos ao longo da costa e em áreas excepcionais no semiárido nordestino. Essas ilhas úmidas, conhecidas como Brejos de Altitude, são hotspots de biodiversidade. Na Paraíba, o Brejo de Areia é uma dessas áreas que sofreu diferentes processos de perda e fragmentação devido às condições favoráveis para policultura e pecuária. As mudanças no uso e ocupação das terras também causam alterações no solo, como a desregulação dos serviços ecossistêmicos, como a ciclagem de nutrientes no solo. Neste estudo, dois fragmentos florestais em condição de Brejo de Altitude no município de Areia foram utilizados como área de estudo para analisar o efeito da fragmentação florestal na vegetação e no solo. Delimitou-se uma linha de 200 m da borda florestal ao interior de cada fragmento, demarcando a borda florestal (0 m), o ponto médio (100 m) e o topo (200 m) dos fragmentos. Nestas distâncias, um perfil de solo foi aberto e os horizontes de cada perfil de solo foram descritos e classificados. Ao norte, sul, leste e oeste, distando 10 m de cada perfil de solo, foram posicionadas parcelas de 10 x 10 m (0,01 ha) e mensurados o CAP e a altura de 552 indivíduos com circunferência à altura do peito ≥ 15 cm. A granulometria, reatividade e teor de carbono orgânico foram mensurados conforme procedimentos recomendados para solos tropicais. Os dados analisados indicaram que a vegetação se comporta de maneira distinta entre os fragmentos. Nessa condição, apenas o fragmento 2 apresentou um efeito de borda “típico”, onde as variáveis testadas aumentam a 100 m da borda florestal. Para o solo, as variáveis físico-químicas apontam para uma condição homogênea de acidez, saturação por alumínio e baixa fertilidade natural. Este estudo considerou uma quantidade elevada de variáveis que contribuem com informações ainda não existentes para ambientes em condição de Brejo de Altitude no Nordeste brasileiro, abrindo espaço para futuras investigações.