Identidade e autoritarismo em Ninguém nasce herói, de Eric Novello

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nascimento, Jéssica da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4429
Resumo: Trata-se na presente dissertação da análise das relações entre identidade e autoritarismo em Ninguém Nasce Herói (2017), de Eric Novello. Desse modo, objetivamos compreender como as questões relacionadas à identidade se desenvolvem ao longo da narrativa e como se dá a aproximação da temática ao governo autoritário presente na obra. Além disso, discutimos, a partir das teorias de Moylan (2000), Hilário (2013) e Leopoldo e Silva (2016), como a escolha da distopia como modo narrativo influencia no tratamento do tema. Para tanto, iniciamos nosso trabalho traçando um panorama de como é colocado o problema da identidade nas obras do autor, com intuito de melhor compreendermos a forma como essas questões são tratadas na narrativa. Na sequência, a partir de autores como Hall (2011), Bauman (2005), Giddens (2002) e Castells (2018), fazemos um breve levantamento bibliográfico das teorias sobre identidade, principalmente da distinção entre a concepção essencialista e a não essencialista do tema. Em seguida, a partir do referencial teórico discutido, buscamos compreender o funcionamento do governo autoritário encontrado na obra e como ele se relaciona com a identidade, influenciando o estilo de vida (GIDDENS, 2002) e a construção da auto-identidade (GIDDENS, 2002) dos personagens. Para isso, lemos a obra a partir de conceitos de Rosa (2020) e Arendt (1989). Após essa compreensão, discorremos sobre as diferentes estratégias de resistência utilizadas pelos personagens e a forma como se ancoram na identidade de resistência (CASTELLS, 2018). Ao fim do trabalho, pudemos compreender que há uma estreita relação entre identidade e autoritarismo na obra e que ela ocorre de diferentes maneiras, a partir tanto da constituição dos poderes do governo quanto da resistência dos personagens.