Comunicação entre profissional de saúde e pessoa com surdez durante a assistência pelo serviço de atendimento móvel de urgência
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/5127 |
Resumo: | O Atendimento de Urgência e Emergência tem se mostrado historicamente como um serviço essencial, no que se refere ao cuidado e atenção ao paciente que necessita atendimento em estado grave, muitas vezes sob o risco eminente de morte. Diante disso a base para o sucesso no atendimento e no cuidado humanizado será a comunicação profissional/paciente, a habilidade de adaptação às necessidades do próprio paciente e o modo em que se encontra. A comunicação efetiva com os pacientes é essencial na área da saúde, tendo em vista que a comunicação é uma ferramenta importante para diagnóstico e relação profissional-paciente. Diante isso a pesquisa se justifica enquanto política pública, a melhorar na qualidade dos serviços, visando alcançar equidade no cuidado, inclusão de pessoas com surdez, tornando os profissionais mais qualificados para o atendimento das necessidades dessa população. Objetivo: Compreender como acontece o atendimento a pacientes surdos pelos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Percurso metodológico: Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa, realizado no município de Campina Grande-PB, durante o período de outubro a novembro de 2022. A população do estudo foram todos os profissionais médicos e enfermeiros atuantes no Serviço de Atendimento Médico de Urgência do referido município. O quantitativo de participantes foi determinado com base no critério de saturação das informações coletadas, de forma que ao final a amostra foi composta por 16 participantes. Para a coleta dos dados utilizou-se um questionário semiestruturado. A primeira etapa ocorreu por um questionário estruturado cujos dados foram submetidos a estatística descritiva com a finalidade de caracterizar a amostra. Na segunda etapa os sujeitos foram entrevistados, as falas gravadas, transcritas e submetidas a análise de conteúdo pelo método de Bardin e pelo software IRAMUTEQ versão 0.7 a partir da análise de Classificação Hierárquica Descendente. A relação gráfica que foi processada no software IRAMUTEQ que apresentou uma aproximação lexical entre as classes 1, 4 e 5 sendo analisadas individualmente e as demais formando outro grupo distintos, sendo grupos de classes 3 e 2. Resultados: Os grupos de classes foram formados devido à aproximação dos núcleos de ideias que os mesmos demonstravam. Assim, a apresentação da discussão das categorias temáticas obedeceu à seguinte ordem: grupo de classes 1: “Concepções acerca da língua de sinais; grupo de classes 2 e 3: “Sensações e dificuldades”; grupo de classes 4: “Importância da língua desinais na área acadêmica e profissional”; e o grupo de classe 5: “Estratégias de comunicação”. Os participantes relataram preocupações e dificuldades sobre o atendimento para deficientes auditivos e surdos em seus ambientes de trabalho por se tratar de um serviço de urgência o tempo resposta no atendimento é primordial para vida dos pacientes. Todos tinham consciência da existência da cultura e comunidade surda. Ainda assim, a maioria não sabia o básico de libras. Embora poucos participantes tenham relatado ter feito aulas de língua de sinais na graduação, alguns relatam que a disciplina deveria ser oferecida como obrigatória para os cursos de graduação. Todos os entrevistados expressaram interesse em fazer aulas de capacitação em língua de sinais. Conclusão: O SAMU tem se mostrado um serviço de saúde essencial para assistência às pessoas com deficiência auditiva e com surdez, porém capacitações são necessárias para a efetivação do cuidado e promover a equidade, modificando fatores associados ao conhecimento, atitudes e habilidades dos profissionais de saúde relacionadas ao cuidado desse seguimento social. |