Traumatismo raquimedular e fatores associados em vítimas de acidentes de trânsito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Palitot, Tatiana Farias Teódulo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3477
Resumo: Introdução: Os acidentes de trânsito são considerados um problema de saúde pública, matando cerca de 1,25 milhões de pessoas e deixando entre 30 e 50 milhões de indivíduos feridos por ano no mundo. Dentre as lesões decorrentes desses acidentes está o Traumatismo Raquimedular, com ou sem lesão medular, o qual pode ocasionar a morte prematura ou a exclusão social. Objetivo: Analisar a prevalência de Traumatismo Raquimedular (TRM) e fatores associados, em vítimas de acidentes de trânsito internados em serviço de referência. Material e métodos: Estudo censitário, descritivo e analítico, transversal, com abordagem quantitativa, realizado no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes na cidade de Campina Grande-PB. A população foi constituída por 1884 prontuários de vítimas de acidentes de trânsito internadas no período de janeiro a dezembro de 2016. Foram analisadas as seguintes variáveis: sexo, idade, dia da semana e horário de atendimento, tipo de acidente, uso de colar cervical no momento do atendimento, presença de TRM, nível esquelético da lesão, presença de lesão medular, grau de incapacidade, diagnóstico de paraplegia/tetraplegia, ocorrência de traumas em outras regiões, ocorrência de trauma crânio- facial, realização de procedimento cirúrgico e desfecho. Os dados foram coletados por três pesquisadores treinados, no período de maio a dezembro de 2017, no SAME (Serviço de Arquivo Médico e Estatística). As informações foram inseridas por dupla digitação em um banco de dados no SPSS e analisadas por meio da estatística descritiva e inferencial, sendo adotado um nível de significância de 5%. Resultados: Dentre as vítimas de acidentes de trânsito, verificou-se predominância do sexo masculino (85,4%), sendo a razão entre homens e mulheres de 5,8:1. A faixa etária mais atingida foi a de 21 a 30 anos (29%), sendo a média de idade de 33,1 anos. Os acidentes envolvendo motociclista foram predominantes (82,9%) e 43 vítimas (2,3%) tiveram Trauma Raquimedular. Dentre as vítimas com TRM, foi predominante o sexo masculino (86%), sendo a razão entre homens e mulheres de 6:1; na faixa etária de 21 a 30 anos (35,7%), sendo a média de 37,0 anos. 30 casos (69,8%) apresentaram lesão medular. O nível cervical (55,8%) foi predominante, 46,7% das vítimas foram classificados como ASIA (American Spinal Injury Association) E. Houve 9 casos (30%) de paraplegia e 1 caso (3,3%) de tetraplegia. A análise bivariada revelou associação significativa entre a variável presença de Trauma Raquimedular e tipo de acidente (p<0,001), uso de colar cervical (p<0,005), ocorrência de trauma em outras regiões anatômicas (p<0,001), tratamento cirúrgico (p<0,001) e desfecho da situação da vítima (p<0,005). Conclusões: Entre as vítimas de acidentes de trânsito e de Traumatismo Raquimedular verifica-se uma predominância do sexo masculino, de indivíduos jovens e de acidentes envolvendo motociclistas. O Trauma Raquimedular mostrou-se associado ao tipo de acidente de transporte, uso de colar cervical, trauma em outras regiões, tratamento cirúrgico e desfecho da situação da vítima.