(08/03/2024) Entre a culpa e a redenção: as interferências pessoais e sociais flaubertianas na construção da anti-heroína em Madame Bovary
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4748 |
Resumo: | O presente trabalho teve por objetivo fazer uma leitura da personagem Emma Bovary, protagonista do romance de Gustave Flaubert, Madame Bovary, discorrendo sobre o eixo primordial de análise da obra: os percalços de construção da polêmica protagonista e as diversas influências no que concerne à inspiração para o desenvolvimento da personagem que segue, doravante, como análise em estudos e influências para as mais variadas concepções do comportamento humano e, em destaque, à compreensão do universo feminino e seu percurso para atingir o lugar de fala e espaço. Dentre tais aspectos analisados, Emma Bovary foge dos padrões estereotipados para a mulher da época, violando os protótipos regentes daquele período. Flaubert, oriundo de um seio familiar segregado pelas imposições de ordem patriarcal, adultiza-se precocemente e vê na literatura a válvula de escape para expressar as suas insatisfações para com a fidalguia social na qual se via inserido, segundo o ensaio de Vargas Llosa (2015) e Jean Paul Sartre (1988). Para tal compreensão das origens desses núcleos de regras e leis machistas que cerceiam a mulher desde sempre, abordamos alguns apontamentos acerca do papel da mulher ao longo das eras segundo Michelle Perrot (2016/2019), Mary Del Priore (2008) e Maria Rita Kehl (2015), compreendendo as escarificações no corpo e na alma feminina ocasionadas pelos ditames machistas, passando pelo aglomerado de personagens femininas das ficções do Realismo e enxergando-as como símbolo de inovação, liberdade e ruptura, tal qual a própria Emma Bovary. Observamos, enfim, as implicações e reflexos da obra de Flaubert na contemporaneidade e a presença da icônica personagem nas mais variadas esferas intelectuais, tomando como base a figura conflituosa do romance, tornando-a, cada vez mais, uma anti-heroína emblemática a qual influencia a criação dos romances modernos e suas polêmicas realidades. |