Entre mitos e interditos: Uma reflexão sobre a segregação feminina na Matemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cordeiro, Jane Cleide de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática - PPGECEM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4249
Resumo: Ao longo da história, a presença da mulher em algumas áreas do conhecimento foi questionada, censurada ou esquecida. Percebe-se uma baixa presença feminina na construção histórica da matemática. Vários fatores contribuíram para tal questão, entre eles os culturais. Muitos mitos foram se moldando ao longo dos anos acerca da relação da mulher com a matemática, os mesmos circulam nos ouvidos das crianças desde cedo, no seio familiar, nas escolas, mídias e sociedade em geral, suscitando um efeito danoso na formação e diferenciação dos papeis sexuais, moldando atitudes ante a matemática, que repercutirão em suas escolhas profissionais e em seu desempenho. Com o objetivo de analisar possíveis motivos da segregação feminina na matemática, este trabalho se desenvolve em dois momentos distintos. No primeiro deles, analisa-se a concepção de cinco alunas concluintes do curso de Licenciatura em Matemática sobre a participação feminina nesta área, por meio da gravação em áudio de uma aula de estágio docente. Posteriormente, há uma reflexão acerca dos mitos e Procedimentos de Exclusão Interditos em relação à mulher e a matemática, tomando como base o conceito de Foucault (1971) para tal, com dados coletados em um questionário aplicado a concluintes do ensino médio. Esta pesquisa se caracteriza como qualitativa e seus dados sugerem que existe um desconforto do gênero feminino em atuar no campo da docência matemática, por relatarem ainda haver muitos desafios a serem superados nesta área. O gênero feminino não é estimulado para a escolha de cursos voltados para os cálculos, se refugiando principalmente nos Procedimentos de Exclusão Interditos para tais abusos de gerar e alimentar certos mitos. Os discursos referentes a este contexto que reinam na sociedade foram se moldando ao ponto de se encontrar, apenas nas entrelinhas, falas baseadas na Exclusão Interdita, de forma discriminatória.