Incidência, prevalência e progressão de doenças em corais de recifes rasos no nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Avelino, Camile Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4014
Resumo: As doenças em corais se tornaram conhecidas a partir dos anos 1970, com a classificação da doença da Banda Negra. Após as primeiras descrições, cerca de outras vinte doenças foram catalogadas e descritas para os mais diversos oceanos ao redor do mundo nos 45 anos que se seguiram. Porém, pouco ainda se sabe sobre os mecanismos de transmissão e modo de desenvolvimento dessas doenças, a que nível atingem os corais, geneticamente e citologicamente. Dessa forma, este trabalho esperou contribuir com questões a respeito desse desenvolvimento, considerando a prevalência e a incidência de doenças encontradas no nordeste do Brasil, em indivíduos do coral pétreo Siderastrea stellata e o modo como são afetadas interna e externamente. Através dos estudos de monitoramento, observou-se a dominância de duas doenças anteriormente registradas para o Atlântico sul, a doença da praga branca e a banda vermelha. Ambas demonstraram alta taxa de mortalidade com taxas ultrapassando os 40% de indivíduos mortos nas duas áreas estudadas. Além disso, as doenças foram vistas como doenças de progressão rápida, evoluindo em média 4,5 cm^2 /mês de necrose tecidual. Quando analisadas ao nível histológico, os tecidos demonstraram ainda sinais de desova fora de época e necrose em diversos estágios, além de colônias de bactérias e fungos. Foram ainda observados a presença de epibiontes entre os tecidos, como foi o caso das cianobactérias e diatomáceas. Com o trabalho, conclui-se que o monitoramento dessas doenças deve ser efetivo, e as medidas protetivas cada dia mais implementadas. Os corais que apresentam os sintomas das doenças são somente uma porcentagem de tudo que está realmente doente. Deve-se traçar rotas de remediação e mitigação na tentativa de evitar a perda prematura de áreas de recifes de corais, em especial aqueles com alta taxa de endemismo.