Política e teocentrismo em A Rainha Santa e A Rainha Vermelha: a representação feminina em perspectiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pontes, Francisco Edinaldo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4468
Resumo: O objetivo dessa Dissertação consiste em fazer uma análise comparativa das protagonistas de dois romances, nos domínios da Península Ibérica e Anglo-Saxão, D. Isabel de Aragão e Lady Margaret Beaufort, investigando, desse modo, a representação feminina e as suas relações de poder em uma perspectiva política – sob o viés do Feminismo Político (1970) – em um contexto teocêntrico, nos romances históricos contemporâneos A Rainha Santa (2017), de Isabel Machado e A Rainha Vermelha (2019), de Philippa Gregory. Como ideia-tese, partimos do pressuposto de que, D. Isabel de Aragão e Lady Margaret Beaufort utilizam a religião e o domínio teocêntrico da Baixa Idade Média como caminho para realizar as atividades diplomáticas e conseguirem se impor politicamente. Ambas usam a sua reputação de Agnes e Agnus Dei como estratégias políticas nos reinos português e inglês em um recorte histórico altamente religioso. Assim, o presente trabalho justifica-se pela necessidade de, através do novo romance histórico, revisitar, no âmbito da Literatura e da História, os grandes feitos, transgressões diplomáticas e políticas, assim como, as contribuições dessas mulheres para a evolução histórico-política da civilização europeia medieval portuguesa e inglesa. Como encaminhamento metodológico, o presente estudo consiste em uma pesquisa explicativa, com uma abordagem de análise e interpretação textual, remetendo-se ao método indutivo. Utilizamos como principal instrumento de análise das protagonistas o estudo de cunho estruturalista e comparativista. Para o embasamento teórico da nossa pesquisa, contamos, dentre outros, com os estudos de Castor (2012); Duby e Perrot (1990); Hutcheon (1991); Klapisch-Zuber (1990); Le Goff (2005a, 2005b); L’Hermite-Leclercq (1990); Marinho (1999); Millett (1968, 1970); Muraro (2002); Opitz (1990); Perrot (2017); Woolf (2014, 2019); Vieira (2000); Zinani (2011a, 2011b, 2014); Zolin (2009a, 2009b, 2010, 2012). Em síntese, constatamos que D. Isabel de Aragão e Lady Margaret Beaufort atingiram grande parte de seus objetivos políticos como soberanas em um contexto totalmente patriarcal; ou seja, elas reinaram e governaram em um tempo em que não se esperava que as mulheres atuassem na esfera pública, ainda mais no âmbito do poder político, justificando, assim, os seus epítetos de The She-Wolves: The Reginas.