Composição e diversidade da ictiofauna no Estuário de Barra de Camaratuba, Paraíba, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Martins, Tayná Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Ecologia e Conservação
BR
UEPB
Mestrado em Ecologia e Conservação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2021
Resumo: Este trabalho representa o primeiro registro da ictiofauna do estuário de Barra de Camaratuba e contribui como um referencial ao manejo pesqueiro, visando entender a dinâmica das populações para se preservar, não só as espécies, mas também o ambiente em questão. Os estuários representam ecossistemas de grande importância para a vida e manutenção de muitas espécies de peixes, principalmente por constituírem ambientes que favorecem a reprodução, a alimentação e o desenvolvimento de juvenis. Estudos sobre sua biodiversidade fornecem informações relevantes para a formulação de planos de desenvolvimento e de gestão locais. Sendo assim, o conhecimento da composição e diversidade da ictiofauna é importante para mensurar possíveis depleções nas espécies e em seus estoques populacionais. O estuário Barra de Camaratuba localiza-se no distrito Barra de Camaratuba, município de Mataraca, litoral norte do Estado da Paraíba, distante 110 km da capital João Pessoa. Os peixes foram coletados mensalmente no ano de 2012, através de tomadas distribuídas ao longo do estuário. Em cada local foram obtidas as seguintes variáveis físico-químicas: temperatura da água ( o C), salinidade, pH, oxigênio dissolvido (mg.L -1 ) e transparência (cm). Em campo e laboratório, os peixes foram quantificados e identificados com auxílio de literatura especializada e posteriormente, foi realizada a biometria dos espécimes obtendo-se o comprimento total (mm) e o peso total (0,1g). Exemplares-testemunho das espécies capturadas foram depositados na coleção de referência na UEPB, João Pessoa. Foram analisados dados de pluviosidade e maré. Com o intuito de analisar a influência de atributos físico-químicos na comunidade foi realizada uma análise canônica. Este trabalho analisa a composição da comunidade íctica do estuário de Barra de Camaratuba, Paraíba, Brasil, avaliando sua diversidade, riqueza e abundância, bem como a relação peso/comprimento e o fator de condição de sete espécies capturadas no local e comercializadas na região. As sete espécies economicamente importantes e foco da arte utilizada na região, a tomada , são: Eugerres brasilianus (carapeba), Mugil curema (tainha), Centropomus parallelus, Centropomus pectinatus, Centropomus undecimalis (camurins/robalos), Lutjanus alexandrei e Lutjanus jocu (vermelho, caranha, cioba). A composição da ictiofauna foi conhecida após a identificação taxonômica das espécies e para cada espécie foi calculada a abundância relativa e a constância. Foi determinada a riqueza a partir do número de espécies amostradas e a diversidade de Shannon para o ambiente em estudo. Para relação peso/comprimento os dados foram plotados em gráficos de dispersão e esta relação foi estabelecida para os sexos agrupados através de uma regressão não-linear. Para o fator de condição (K) foram calculadas as médias mensais para sexos grupados. Foram listadas 40 espécies, representadas em 9 ordens e 20 famílias. Dentre as ordens, a mais representativa foi Perciformes com 24 espécies, seguida de Pleuronectiformes e Tetraodontiformes com quatro espécies cada. A comunidade de peixes apresentou 40% de espécies acidentais, 25% de espécies acessórias e 35% de espécies constantes. Para M. curema, C. pectinatus, C. undecimalis L. alexandrei, L. jocu e E. brasilianus registrou-se o crescimento alométrico negativo. Para C. parallelus atribuiu-se o crescimento alométrico positivo.