Tereza Batista e Eva Luna: diálogo jusliterário sobre o desamparo jurídico-estatal de mulheres marginalizadas em sociedades latino-americanas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Figueirêdo, Ediliane Lopes Leite de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/2949
Resumo: Os estudos sobre a relação entre os textos jurídicos e textos literários vêm se intensificando nas últimas décadas. Pesquisas dessa natureza vêm se descortinando e conquistando espaço nos centros acadêmicos. Seguindo esta perspectiva, esta tese se insere na linha do direito na literatura e, através da comparação jusliterária das obras Tereza Batista Cansada de Guerra (1972), do escritor brasileiro Jorge Amado, e Eva Luna (1987), da escritora chilena Isabel Allende, tem por objetivo mostrar o texto literário como meio discursivo alternativo para apresentar e problematizar as situações sociolegais, especificamente das mulheres marginalizadas, subalternas e excluídas em diferentes sociedades latino-americanas. A pesquisa também ressalta a importância da literatura como veículo capaz de romper com discursos outorgados por uma tradição sociojurídica patriarcal e preconceituosa, e ainda como recurso para promover consciência crítica social e política. As narrativas de Amado e Allende são documentos literários que delineiam com criticidade sistemas jurídicos sexistas e a negligência do poder jurídico-estatal na proteção e assistência às mulheres desamparadas e vulneráveis - grupo social secularmente desprestigiado e silenciado em muitas sociedades. A pesquisa adota o método comparativo e, em consonância com os objetivos propostos, traz como aportes teóricos, entre outros, Antonio Candido, Antoine Compagnom, Earl E. Fitz, François Ost, Carol Smart, Henry Remak e Susan Bassnett. As obras abrem espaço para um debate jurídico sobre a exploração e o desamparo das mulheres - paternal e jurídico-estatal - a privação da liberdade e a luta pela sobrevivência e apresentam pontos convergentes e divergentes relacinados às experiências vividas pelas protagonistas, Tereza Batista e Eva Luna.