Atividade antifúngica do fluconazol em modelo experimental In vivo de Galleria mellonella: um estudo para padronização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Campos, Letícia Targino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Odontologia - PPGO
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4495
Resumo: A incidência de infecções fúngicas e a crescente resistência aos antifúngicos são desafios atuais na área da saúde e justificam a realização de estudos que prospectem novas terapias ou terapias adjuvantes. A candidíase sistêmica ocorre, especialmente, em ambiente hospitalar, contribuindo com altas taxas de mortalidade, entre 58 a 81% dos casos de infecções nosocomiais. O invertebrado Galleria mellonella tem recebido cada vez mais destaque como um modelo alternativo ao uso de animais, porém existe uma alta variabilidade de parâmetros encontrados nos estudos de infecção por espécies de Candida neste modelo experimental. Este estudo objetivou Padronizar um modelo experimental para prospecção de novas drogas anticandida por meio do modelo animal alternativo de larvas de G. mellonella. Realizou-se um estudo experimental in vivo, com observação direta em laboratório. Culturas de cepas de C. albicans, sendo duas padronizadas (ATCC 90028 e ATCC10231) e duas isoladas da cavidade oral (A1 e A2) foram padronizadas em diferentes densidades de inóculo para determinação dos níveos de infecção (infecção não-letal; infecção letal e super infecção). Foram realizados testes de toxicidade do fluconazol em diferentes dosagens. As larvas infectadas foram subemetidas a diferentes modelos de tratamento com fluconazol (diferentes dosagens de antifúngico e momentos de administração). Os dados obtidos a partir da análise da viabilidade foram plotados em curvas de sobrevivência de Kaplan–Meier e analisados pelo teste log-rank, no GraphPad Prism 5.0 (p < 0,05). Os inóculos fúngicos na densidade 2x104, 2x105 e 2x106 cél/mL foram determinados como infecções não-letais; na densidade 2x107 cél/mL apenas o isolado clínico A2 foi capaz de provocar infecção letal; a densidade 2x108 cél/mL foi determinada como capaz de provocar super infecção. O fluconazol apresentou baixa toxicidade para as larvas de G. mellonella. Dentre os modelos de tratamento testados, as terapias com aplicação dose única de 20mg/kg e 80mg/kg de fluconazol foram as que proporcionaram melhores taxa de sobrevivência de larvas G. mellonella com infecção letal e super infecção por C. albicans, respectivamente. Os parâmetros metodológicos utilizados neste estudo acerca dos níveis de infecção, toxicidade do antifúngico sistêmico fluconazol, bem como dos modelos de tratamento com diferentes dosagens de fluconazol, podem ser utilizados como parâmetros em estudos para a prospecção de drogas anticandida no modelo experimental G. mellonella.