Ensaios pré-clínicos com extratos de plantas medicinais do semi-árido nordestino: contribuição para o tratamento de infecções da cavidade bucal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silva, Maria Suênia Pereira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Epidemiologia e Promoção de Saúde
BR
UEPB
Mestrado em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/1802
Resumo: A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem incentivado o uso da medicina tradicional de forma integrada com a medicina ocidental moderna nos sistemas de saúde. No Brasil já existe uma Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e um dos seus objetivos é disponibilizar plantas medicinais e /ou fitoterápicos para as unidades de saúde do serviço público. Neste contexto o objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro a atividade antimicrobiana de plantas medicinais do semi-árido do Nordeste sobre microorganismos da cavidade bucal, bem como verificar in vivo a toxicidade aguda e a presença de ação mutagênica proveniente dos extratos hidroalcoólicos que apresentaram os maiores halos de inibição do crescimento antimicrobiano. Foram produzidos cinco extratos de cada planta estudada e realizado um screening microbiológico. A ação antimicrobiana foi avaliada pelo método da difusão em ágar, utilizando a técnica do cilindro. Os testes de toxicidade aguda foram realizados utilizando ratos Wistar adultos e Artemia salina. Para o ensaio de mutagenicidade foi utilizado o teste do micronúcleo. As plantas que apresentaram melhor atividade microbiológica foram principalmente Schinopsis brasiliensis Engl. e Ximenia americana L., das quais foram produzidas os extratos nebulizados, com o objetivo de se realizar a Concentração Inibitória Mínima (CIM). Apenas o extrato da S. brasiliensis produziu, na CIM, halos de inibição do crescimento microbiano, os quais só foram observados frente à Stafilococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. Não sendo observados halos em Streptococcus oralis e Enterococcus faecalis, provavelmente porque os princípios ativos aos quais estas bactérias são sensíveis, foram destruídos durante o processo de nebulização do extrato. O mesmo ocorreu com os extratos secos da X. americana L. que não apresentaram nenhuma ação antimicrobiana contra as cepas testadas. No ensaio de toxicidade aguda com ratos os resultados indicaram que os extratos de S. brasiliensis e X. americana administrados apresentaram baixa toxicidade. No ensaio de toxicidade com A. salina, esses extratos foram tóxicos. No teste do micronúcleo os extratos de S. brasiliensis e X. americana apresentaram atividade mutagênica em camundongos. Assim, nas concentrações em que foram utilizados, os extratos da S. brasiliensis e da X. americana apresentaram atividade antimicrobiana, baixa toxicidade em ratos, foram tóxicos para A. salina e mutagênicos para camundongos.