Dimensões do real lacaniano em Meshugá, de Jacques Fux
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4666 |
Resumo: | Nesta dissertação, temos por intenção principal a análise do livro intitulado Meshugá – um romance sobre a loucura (2016), do escritor contemporâneo Jacques Fux, tendo como norte, a partir de sua definição, a busca pelo conceito lacaniano de Real, oriundo da psicanálise. Para tal objetivo, utilizamos como recurso a própria obra do escritor mineiro como base e fundamento que justificassem a procura, partindo do pressuposto que os escritos, em si, são atravessados pelo discurso psicanalítico. Para tornar possível a procura, utilizamos certos preceitos do materialismo lacaniano, que se apresenta aqui como a maneira de apreender o Real em meio às linhas e entrelinhas do texto. Esta é a pergunta fundamental que nós fazemos: onde está o Real nas oito (na verdade nove) micronarrativas que compõem Meshugá? Por se tratar de uma obra fronteiriça, partimos de certas bases, ou definições, a fim de nos aproximarmos de maneira mais objetiva do texto, utilizando-nos de autores como Ricoeur e Lejeune. Ainda, para compor um conceito, ou uma coisa, que é tão escorregadia, como o Real, nos valemos obviamente de Lacan, por ter sido o idealizador da noção, mas também de pensadores contemporâneos, como Christian Dunker, Vladimir Safatle e Alain Badiou, sem deixar de lado o rastro que possibilita hoje tais questionamentos, deixados por Freud. Inicialmente, fazemos uma tentativa de apreender teoricamente o Real, levando em conta as bases históricas de sua concepção, ao passo que conectamos o conceito com a própria literatura, para, em seguida, abordar a obra do autor em um contexto mais amplo, tomando os livros Antiterapias (2012), Brochadas (2015) e Nobel (2018) como possibilidades de comprovação de tais pontes entre o escrito e o conceito de Real. Por fim, buscamos traçar uma análise dos personagens, separadamente, a fim de constituir uma visão concreta da relação do texto com o Real. Em suma, trata-se de um estudo que visa revelar o que está atrás do véu da fantasia que recobre esse Real, na escrita de Fux. |