Entre o escuro e a rutilância: As armadilhas de Eros e Tanatos em duas narrativas de Hilda Hilst.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Rodrigues, Ivon Rabelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Literatura e Estudos Interculturais
BR
UEPB
Mestrado em Literatura e Interculturalidade - MLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2172
Resumo: Os contos Lucas, Naim (1977) e Rútilo NADA (1993), escritos pela paulista Hilda Hilst (1930-2004) são postos lado a lado a fim de articularem um conjunto de evidências flagrantes de uma distinção que fere o senso comum. Nesses textos, homens maduros se apaixonam por homens mais jovens e terminam aceitando com humilhação e morte brutais o preço pago pela recusa à moral instituída. Intentamos refletir em que medida a reação do ego à negação da paixão e à consequente aceitação da pulsão autodestrutiva interfere no comportamento dos personagens, enfocando o modo como a Psicanálise teoricamente recorta a pulsão de morte. A abordagem freudiana considera todo comportamento humano motivado pela fuga da dor e pela busca do prazer. Sigmund Freud (1856-1939) argumentou que essa relação é influenciada por energias inatas que pressionam o organismo para uma descarga, descrevendo duas delas como antagônicas: a pulsão de natureza sexual com tendência à preservação da vida (Eros) e o seu antagônico (Tanatos), uma pulsão que leva à segregação de tudo que é vivo. Ambas nunca agem de forma isolada, pois que estão sempre atuando em conjunto. Este trabalho possibilitou-nos conhecer os mecanismos pelos quais a instância autoral reelabora e atualiza o conceito de pulsão de vida em simetria às pulsões destrutivas. Através de uma linha procedimental de perspectiva comparada, utilizando pressupostos teóricos que revelam e priorizam a textualidade, evidenciaram-se as relações discursivas acerca das manifestações da Morte e do Amor como elementos temáticos dos textos aproximados. O alcance de nossa contribuição neste procedimento é premissa maior da intratextualidade: deflagramos o modo como determinadas temáticas aventadas em Lucas, Naim estão desdobradas e reconfiguradas em Rútilo NADA.