Estudo fotoquímico e farmacológico de Apodanthera congestiflora Cogn.: Uma Cucurbitaceae da caatinga brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silvestre, Geovana Ferreira Guedes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas - PPGCF
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4459
Resumo: Apodanthera congestiflora Cogn. é uma Cucurbitácea endêmica da Caatinga brasileira, utilizada na medicina popular para tratar dores nas costas, manchas na pele e como depurativo do sangue. Até o momento, os relatos sobre esta espécie são escassos, com poucas investigações científicas e referentes apenas às raízes. O objetivo deste trabalho foi realizar uma caracterização físico-química da droga vegetal (DV) dos caules da espécie, avaliar a sua composição química e o perfil toxicológico e anti-inflamatório. Foi traçado um perfil de qualidade da DV em diferentes tamanhos de partícula, utilizando métodos farmacopeicos e análise térmica (TG/DTA). A DV foi, ainda, submetida à extração por diferentes técnicas que renderam os extratos aquosos(EA’s), o extrato hidroalcoólico (EHC-Ac) e suas respectivas fases orgânicas: hexânica (FHC-Ac) e diclorometano (FDC-Ac). Os EA’s passaram por triagem fitoquímica quantitativa apresentando alto teor de saponinas. No estudo fitoquímico, FHC-Ac e FDC-Ac foram submetidas a técnicas cromatográficas, obtendo-se uma mistura de fitosterois conhecidos como β-sitosterol (Ac-1), estigmasterol (Ac-2) e espinasterol (Ac-3), além de três norcucurbitacinas, também em mistura, denominadas cayaponosídeo C5b (Ac-4), cabenosídeo C (Ac-5) e fevicordina C2 glicosídeo (A-6), sendo esta última inédita na literatura. A identificação estrutural foi realizada por IV e RMN de 1H e 13C. Foi testada a toxicidade da FDC-Ac frente a eritrócitos humanos e em camundongos Swiss. No teste in vitro não foi evidenciada toxicidade, porém no teste in vivo a FDC-Ac apresentou toxicidade significativa, com alterações macroscópicas e bioquímicas. Ademais, investigou-se a atividade anti-inflamatória in vivo de FDC-Ac que se mostrou capaz de diminuir os sinais inflamatórios nas primeiras 5h, sendo 7,5 mg kg-1 a dose mais eficaz na redução do edema (66,6 %). A identificação de três cucurbitacinas na investigação fitoquímica, juntamente com os ensaios biológicos realizados no presente estudo, demonstram que A. congestiflora é uma espécie promissora na busca por inovação terapêutica, pois carrega em sua composição substâncias com alto potencial farmacológico. O controle de qualidade da droga vegetal permitiu delinear um perfil físico-químico dos pós obtidos do caule de A. congestiflora que poderá servir de base para futuros estudos de pré-formulação de um produto fitoterápico.