Equipe multiprofissional e cuidados paliativos: Interfaces para promoção da saúde na atenção básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Melo, Myriam de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde - PPGPS
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3040
Resumo: Por meio de uma assistência humanizada, os cuidados paliativos (CP) buscam a diminuição do sofrimento, o alívio da dor e a manutenção da dignidade humana de pessoas com doenças fora do alcance terapêutico e de seus familiares. O envelhecimento populacional e o aumento do número de portadores com doenças crônicas ampliam a necessidade de reforçar as ações paliativistas na atenção integral à saúde. A Atenção Básica é importante para esses cuidados por ser responsável pelo acompanhamento do usuário durante toda sua vida, principalmente com os que têm enfermidade grave. O objetivo geral da pesquisa foi analisar as práticas referentes aos cuidados paliativos de profissionais de saúde que fazem parte de equipes multiprofissionais na atenção básica na cidade de Campina Grande – PB. O método foi quantiqualitativo. Os instrumentos foram um questionário sociodemográfico, uma entrevista por pautas e o diário de campo. A leitura dos dados foi realizada através da análise de enunciação e da estatística descritiva. A amostra foi composta por vinte e nove profissionais. Os resultados apresentaram um perfil essencialmente feminino (89,7%). Nenhum profissional tem formação em cuidados paliativos. 93,1% dos participantes confirmaram ter usuários em cuidados paliativos sob suas responsabilidades. A análise dos discursos mostrou que a teoria paliativista não está efetivamente incorporada entre os profissionais da atenção básica. As ações eram predominadas por orientações, escutas e alguns procedimentos técnicos, como o curativo. As principais dificuldades foram a falta de recursos na atenção básica, déficit de profissionais e falha na capacitação da equipe. A maioria dos participantes declarou ter posicionamento tranquilo sobre a morte de usuários. Não é uma prática habitual dos profissionais assistir à família no momento de luto. Esse estudo foi relevante por se tratar de um tema pouco trabalhado no Brasil. E por ser instigador para o Estado na criação de políticas públicas que incluam os CP na atenção básica. Todos merecem viver com dignidade, mesmo nos seus últimos dias de vida.