O desejo e o medo: elementos configuradores da subjetividade homoerótica em narrativas ficcionais da literatura brasileira
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação Profissional em Formação de Professores - PPGPFP |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2670 |
Resumo: | O trabalho em questão consiste na análise de narrativas de ficção homoerótica, destacando a forma como se apresentam o desejo e o medo nas personagens, através da linguagem, dos comportamentos, e das relações interpessoais. O objetivo foi demonstrar a tendência de um desejo por vínculos e um medo instaurador do fracasso, da frustração, emoções que tecem uma (est)ética, um fio condutor que perpassa essas narrativas. Demonstrou-se também que na literatura homoerótica há um padrão de conduta e de relacionamentos associados à crise de confiança preconizada por Giddens (2008) e Dias (2007) e ao medo de intimidade que acomete o gay numa época líquido-moderna, tomando de empréstimo o termo cunhado por Bauman (2008). Por tratar de temas complexos do desejo e do medo, recorreu-se à Psicanálise, através de Freud (2006), Elia (1995) e Lacan (1985 e 1995). Mas fundamentou-se o trabalho numa sociologia das emoções. Buscou-se, no interior dessas obras, estruturas psíquicas das personagens gays que se diferenciam em sua constituição da lógica heteronormativa e apresentam um aspecto particular do desejo, o desejo gay, cuja compreensão extrapola um sentido meramente sexual ou afetivo. Na perspectiva de Silva (2006, 2007, 2008), Barcellos (2006), e Lopes (2002, 2004), é preciso problematizar os ―interditos‖ nas narrativas do homotexto e trazer à tona essa ―escrita de si‖. Num cenário pós-moderno, optou-se por não ficar excluídos do contexto de mudança e decidimos por uma poética do desejo e do medo nas narrativas homoeróticas. |