Educação Financeira Crítica: um olhar em desfavor ao neoliberalismo e políticas mercadológicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Sousa, Ivan Bezerra de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática - PPGECEM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/5146
Resumo: Com a implantação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2018, nas escolas do Brasil, a educação financeira começou a ser mais enfatizada em alguns livros didáticos, no currículo, nas salas de aulas e nas formações continuadas de professores. Assim, a sua implantação nas instituições escolares, embora importante, vem sendo alvo de discussões, pois é perceptível uma articulação muito forte entre esse campo de estudo e as estratégias mercadológicas que estão bem presentes na Educação. Diante disso, essa pesquisa evidencia um caminhar entre três eixos organizadores: o campo sociológico, por meio do qual discutimos sobre o neoliberalismo e os seus impactos na sociedade; o campo da Educação Financeira, em que damos ênfase sobre a forma como a educação financeira vem sendo ministrada nas escolas; e o campo da Educação Matemática, em que fazemos toda a discussão da relação entre os campos citados por meio da Educação Matemática Crítica. A partir da conexão entre esses eixos organizadores, propomos o seguinte objetivo geral: desenvolver propostas críticas por meio de interações discursivas realizadas em uma rede de conversa voltadas à educação financeira em cenários de ideologias neoliberais junto com professores de diferentes componentes curriculares. Para obtermos os resultados desta pesquisa criamos a Série Educação Financeira em Debate, que se trata de uma rede de conversa com professores de diferentes componentes curriculares de alguns estados da Federação, sendo as interações dialógicas dos participantes a principal fonte de discussão para as ideias difundidas na tese. A Série aconteceu em três módulos, tendo o primeiro módulo o objetivo de expor, de forma geral, através de temáticas escolhidas pelo pesquisador, reflexões e debates sobre a implantação da educação financeira no meio neoliberal em que vivemos; no segundo módulo, os participantes ficaram responsáveis por debaterem temáticas de seu interesse que envolvessem a educação financeira numa perspectiva crítica; e no terceiro módulo elaboramos e reelaboramos algumas atividades no viés da Educação Financeira Crítica (EFC), dando origem ao nosso produto educacional. Essa pesquisa é de cunho qualitativo, por interpretar e analisar os fatos acontecidos durante os módulos da Série Educação Financeira em Debate. Quanto aos instrumentos de levantamento de dados, usamos gravações de áudio, gravações de vídeo, chats das conversas no google meet, registros escritos dos participantes no google classroom, registros fotográficos e aplicação de questionários. A partir dos resultados obtidos na pesquisa de campo foi feita uma análise detalhada de como os participantes compreenderam a proposta de nossa pesquisa, cuja pergunta norteadora foi a seguinte: De que forma interações discursivas realizadas na Série Educação Financeira em Debate influenciam o pensamento de professores a respeito da educação financeira no contexto neoliberal em direção a uma educação financeira crítica? Assim, a partir da Análise Crítica do Discurso (ACD), com base nas ideias de Fairclough e outros estudiosos, descrevemos os enunciados que nasceram a partir das interações dialógicas dos participantes em cada módulo da Série. Desta forma, esta pesquisa evidencia a compreensão dos malefícios do ataque neoliberal em nossa contemporaneidade, traz novos olhares para a educação financeira e também enfatiza a resistência que precisamos ter nesses tempos sombrios liderados pelo capitalismo, para que sejamos desbravadores de lutas em prol da justiça social.